Encontro ocorreu em meio à proposta do governo de fixar a idade mínima de 55 anos para transferência para a reserva
O presidente Lula recebeu na tarde deste sábado, 30, os comandantes das Forças Armadas para reunião no Palácio da Alvorada.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, também participa do encontro que reúne o general Tomás Paiva, do Exército, o almirante Marcos Olsen, da Marinha, e o brigadeiro Marcelo Damasceno, da Força Aérea Brasileira.
A reunião ocorreu em meio à proposta do governo de fixar a idade mínima de 55 anos para transferência para a reserva, o que se considera como a “aposentadoria” dos militares.
O texto, que ainda não foi enviado ao Congresso, não acarretará em impactos a curto prazo a partir da fixação de uma idade mínima, pois haverá regras de transição.
A partir da Reforma da Previdência, aprovada em 2019, o tempo de serviço mínimo para militares passou de 30 para 35 anos.
As novas regras para militares
Na última quarta-feira, 27, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou as medidas do pacote de corte de gastos públicos, entre elas algumas alterações na previdência dos militares.
Segundo Haddad, as mudanças promoverão “mais igualdade“:
“Para as aposentadorias militares, nós vamos promover mais igualdade, com a instituição de uma idade mínima para a reserva e a limitação de transferência de pensões, além de outros ajustes. São mudanças justas e necessárias“, disse Haddad em pronunciamento na TV.
A equipe econômica afirma que as medidas exclusivas aos militares vão gerar um impacto de R$ 2 bilhões por ano.
Regras de pensão
A partir de agora, se um militar for expulso da corporação por mau comportamento ou cometimento de crimes, a família será atendida com um auxílio-pensão pago pelo INSS. O que vigora, hoje em dia, é o pagamento de uma pensão pelos militares.
Outra alteração será o fim da transmissão da cota de pensão, quando um militar morre e a parte dele migra para os demais.