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Trump pede a Putin que negocie ‘cessar-fogo imediato’ com a Ucrânia enquanto governo sírio desaba

Novo líder dos EUA afirma que não havia ‘razão’ para Putin apoiar Assad ‘desde o início’

O presidente eleito Donald Trump pediu publicamente ao presidente russo Vladimir Putin que negocie um “cessar-fogo imediato” com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em um post na Truth Social na noite de sábado, em meio a relatos de que a capital da Síria, Damasco, caiu para forças rebeldes.

Trump escreveu que “deve haver um cessar-fogo imediato e negociações devem começar”, após a derrubada de Bashar al-Assad, aliado de Putin, por uma força rebelde apoiada pela Turquia.

Relatórios indicam que o líder sírio fugiu da capital em um avião com conselheiros próximos; há rumores de que o avião pode ter caído. Seu paradeiro e status são desconhecidos.
“Vidas demais estão sendo desperdiçadas desnecessariamente, famílias demais destruídas, e se isso continuar, pode se transformar em algo muito maior e muito pior”, afirmou Trump.

Ele acrescentou: “Conheço Vladimir muito bem. Este é o momento dele agir. A China pode ajudar. O mundo está esperando!”

Encontro com Zelensky e impacto na guerra na Ucrânia

Os comentários de Trump ocorreram poucas horas depois de ele se encontrar com Zelensky em Paris, durante a reabertura da Catedral de Notre-Dame.

Com a chegada de Trump à Casa Branca em janeiro, espera-se que a guerra na Ucrânia tome novos rumos, já que muitos acreditam que o novo governo buscará interromper a ajuda militar ao país como forma de pressionar por um acordo de paz — uma medida que pode beneficiar a Rússia, caso a Ucrânia fique subitamente sem o suporte ocidental.

Fim da Guerra Civil Síria

O colapso do governo de Assad marca o fim da Guerra Civil Síria, que começou durante a Primavera Árabe, no governo de Barack Obama. O conflito tornou-se brutal, com Assad, apoiado por milícias iranianas, incluindo o Hezbollah, e pela Rússia, bombardeando forças rebeldes e áreas ocupadas.

Agora, grupos como o Hayat Tahrir al-Sham (HTS), antes afiliado à Al Qaeda, e uma coalizão apoiada pela Turquia, o Exército Nacional Sírio, controlam grande parte do país. Outros pequenos grupos jihadistas também continuam ativos.

Reação dos EUA e celebrações na Síria

O presidente em exercício, Joe Biden, que deixará o cargo em janeiro, estava monitorando a situação, segundo comunicado divulgado à imprensa. Enquanto isso, civis em Damasco celebraram nas ruas, mesquitas e em suas casas o fim do regime brutal de Assad.

Situação de prisioneiros e críticas

Com a queda do governo sírio, cresce a atenção sobre prisioneiros do regime, incluindo o jornalista americano Austin Tice, cuja família afirma que ele está vivo.

O vice-presidente eleito, JD Vance, comentou a situação e criticou vozes que celebram o colapso de Assad, como Josh Rogin, colunista do Washington Post.
“Como o presidente Trump disse, esta não é nossa luta e devemos ficar fora disso”, escreveu Vance no Twitter, expressando preocupação com os possíveis desdobramentos para minorias e refugiados na região.

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