Presidente da Câmara pode ser convidado a assumir algum ministério a partir de fevereiro, quando deixa comando da Casa
O destino do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), após fevereiro de 2025, quando termina seu mandato no comando da Casa, é fonte de dúvida e preocupação no governo e no Legislativo.
Uma possibilidade é Lira ir para o governo Lula na reforma ministerial que deve ocorrer no primeiro semestre. As pastas citadas por aliados para acomodá-lo são Agricultura e Saúde.
Ter a visibilidade de um posto no Executivo poderia ajudar Lira em seu projeto de eleger-se senador em 2026.
Há, no entanto, obstáculos para isso, a começar da resistência do senador Renan Calheiros (MDB-AL), cujo filho Renan Filho é ministro dos Transportes. Também não se sabe como seria a convivência de Lira com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, seu desafeto.
Por outro lado, o receio do governo é que, caso Lira fique na Câmara, acabe formando um bloco informal em torno de si capaz de pressionar por cargos e verbas.
Como disse um líder partidário, dezenas de parlamentares são leais a Lira e vão ficar ao lado dele em qualquer disputa com o Executivo.