Uma medida polêmica do governo liderado por Keir Starmer tem causado grande revolta entre os agricultores britânicos. A proposta prevê a implementação de um imposto de 20% sobre terras agrícolas avaliadas em mais de 1 milhão de libras, o que, segundo os agricultores, tornará inviável a transferência dessas propriedades para as próximas gerações. Eles alertam que a mudança fiscal ameaça a sobrevivência de famílias que dependem da agricultura, colocando-as à beira da ruína econômica.
Jeff Gibson, fundador do movimento Kent Fairness for Farmers, desabafou: “Nos orgulhamos de alimentar o país, mesmo sem obter grandes lucros, mas essa mudança fiscal destruirá nossas esperanças de passar as fazendas para nossos filhos.” Já Liz Webster, líder do grupo Save British Farming, foi contundente ao classificar a proposta como uma “ofensiva stalinista” que compromete a segurança alimentar do Reino Unido. Webster ressaltou: “A capacidade de produzir nossos próprios alimentos é essencial para a segurança nacional. Keir Starmer precisa ouvir os agricultores e reconsiderar este ataque à agricultura.”
Protesto massivo em Londres
Nesta terça-feira, agricultores de várias regiões mobilizaram-se em Whitehall, Londres, para uma manifestação massiva. Tratores começaram a chegar às 10 da manhã e, ao meio-dia, discursos foram realizados no local. Em seguida, os veículos agrícolas participaram de um protesto itinerante pelas ruas centrais da capital britânica.
O Daily Express, que lidera uma campanha em defesa das fazendas familiares, destacou o impacto devastador que a medida pode ter sobre inúmeras famílias, eliminando a possibilidade de herdar terras sem enfrentar um fardo tributário insustentável. Os agricultores exigem que o governo trabalhista revogue a proposta antes que danos irreversíveis sejam causados à indústria agrícola e ao abastecimento alimentar do país.
Com o crescente descontentamento, os manifestantes deixam claro que continuarão pressionando o governo, destacando que a preservação da agricultura é vital não apenas para as famílias rurais, mas para a segurança alimentar de toda a nação.
