Foto – Edu Andrade
Indicado de Lula à chefia do Banco Central também votou a favor da elevação da Selic
Já o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, classificou a decisão do Copom como um “crime”.
“CRIME”, escreveu no Twitter/X. “Nos últimos 20 anos foram 51 reuniões. Em apenas quatro delas, TODAS DURANTE A PANDEMIA, o BC elevou o juros em 1%. O que há de desequilíbrio estrutural que justifique um freio recessivo como esse contra o Brasil? É ideologia e sabotagem pura contra o país.”
Rogério Correia (PT-MG), deputado federal e vice-líder do governo na Câmara, chamou Campos Neto de “sabotador”.
“Só nessa canetada, o sabotador Campos Neto inclui mais R$ 50 bilhões por ano em juros da dívida pública”, afirmou. “Enquanto o governo se esforça para atingir as metas fiscais, o BC eleva mais uma vez a maior taxa de juros do planeta para tentar ‘conter’ a inflação. Com que credibilidade? A mesma de quem vê passivo o aumento do câmbio?”
Líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) disse que o Brasil está “refém” da Faria Lima.
“O aumento de 1 ponto na taxa de juros, definido pelo Banco Central, sabota o crescimento econômico do país, inviabiliza o crédito e o financiamento”, afirmou. “Com a taxa de juros mais alta do mundo não há como garantir o ciclo virtuoso de crescimento da economia, do emprego e da renda. O Brasil não pode continuar refém da Faria Lima.”
Campos Neto participou pela última vez de reunião sobre juros
A reunião do Copom desta quarta-feira, 11, marcou a última participação de Campos Neto nas deliberações sobre a política monetária brasileira, já que seu mandato termina no dia 31 de dezembro.
A decisão do comitê já era esperada por analistas do mercado financeiro, que ajustaram suas projeções para a Selic do ano de 11,75% para 12%, conforme o Boletim Focus desta segunda-feira, 9.
A Selic influencia diretamente as taxas de juros de empréstimos e financiamentos, além de afetar o rendimento de investimentos financeiros.