Reprodução/Jovem Pan
Canal de notícias pode recuperar arrecadação de até R$ 20 milhões por mês, o que ajuda em investimentos
A Jovem Pan recebeu oficialmente a notícia na última sexta-feira (23) que seu canal de jornalismo no YouTube, que conta com 7,8 milhões de inscritos, voltará a ser monetizado pela plataforma de vídeos do Google.
A monetização voltará a acontecer no mês de março, com pagamento previsto para o início de abril. O dinheiro estava bloqueado por parte do Google desde novembro de 2022.
Na época, o Google alegou que a Jovem Pan havia feito “desinformação eleitoral e violações de diretrizes de publicidade da plataforma”, além de ter recebido denúncias de espectadores por exageros.
A informação foi dada inicialmente pelo site TV Pop. Desde abril do ano passado, a Jovem Pan tenta se adaptar aos pedidos do Google para reaver o dinheiro que conseguia, desde a legenda de vídeos, até a linha editorial, que virou sua principal preocupação.
Por causa dessa questão e também de uma ação movida pelo MPF que pede a cassação de concessões públicas da empresa, a Jovem Pan demitiu comentaristas considerados extremistas como Tiago Pavinatto, Zoe Martinez, entre outros nomes. [O meu inclusive].
Com as mudanças, a Jovem Pan entendia que a volta da monetização era questão de tempo, e estava otimista desde o final do ano passado.
Em dezembro, o diretor de jornalismo da Jovem Pan, André Ramos, confirmou em entrevista ao F5 que a empresa de Antônio Augusto do Amaral Carvalho Filho, o Tutinha, estava atendendo às solicitações feitas pela plataforma.
“Nós questionamos o Google sobre o que estava errado, e ajustamos como eles pediram. Temos certeza que iremos normalizar”, disse o executivo. No início do mês, o conteúdo esportivo da Jovem Pan, que rende menos dinheiro, já estava liberado para monetização pelo YouTube.
No auge, a Jovem Pan recebia até R$ 20 milhões por mês com o seus vídeos jornalísticos no YouTube. O valor ajudava a empresa a fazer investimentos importantes em salários e tecnologia.
Procurado pelo F5, o YouTube não se pronunciou até a última atualização desta reportagem.
F5 Folha