Ministério de Haddad Exclui Paulo Guedes da Galeria de Ex-ministros da Fazenda

Foto – Marcos Corrêa/PR

Em um episódio que remete às práticas de apagamento histórico, o Ministério da Fazenda, sob comando de Fernando Haddad, excluiu a foto do ex-ministro Paulo Guedes da tradicional galeria de ex-ministros localizada no 6º andar do Conselho Monetário Nacional.

Paulo Guedes, que durante o governo Bolsonaro comandou um superministério que unificou as pastas da Fazenda, Planejamento e Indústria, implementou importantes reformas econômicas, incluindo a modernização do marco regulatório do saneamento básico, a independência do Banco Central e a reforma administrativa.

A ausência da foto de Guedes foi notada por jornalistas durante uma coletiva de imprensa realizada na semana passada, quando questionaram o atual ministro Fernando Haddad sobre o assunto. O ministro, no entanto, optou por não responder aos questionamentos.

Esta omissão levanta questões sobre a preservação da memória institucional do ministério e o respeito à história administrativa do país, independentemente de divergências políticas ou ideológicas. A prática de remover registros históricos de figuras públicas era comum em regimes autoritários, notadamente durante o período stalinista na União Soviética, onde opositores eram literalmente apagados de fotografias oficiais.

O caso ganha ainda mais relevância considerando que Guedes foi responsável pela gestão econômica durante um período crucial da história recente do Brasil, incluindo o enfrentamento da pandemia de COVID-19 e seus impactos econômicos.

A ausência de resposta do atual ministro sobre o tema sugere uma possível politização da memória institucional do governo como um todo, prática que contradiz princípios básicos da administração pública e da transparência governamental e remete à regimes ditatoriais.

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