Foto – EFE/Alejandro García
Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria, intensificou suas críticas ao bilionário George Soros, acusando-o de ser o arquiteto por trás da política migratória da União Europeia. Em declarações recentes, Orban fez referência a um plano publicado por Soros em 2015 no Project Syndicate, que defendia a aceitação de pelo menos um milhão de solicitantes de asilo por ano pela UE.
Contexto das acusações
O primeiro-ministro húngaro, conhecido por sua postura anti-imigração, alega que Soros exerceu influência significativa sobre as instituições europeias através de um extenso programa de lobby e financiamento. Segundo Orban, essa influência teria resultado em políticas migratórias mais permissivas em toda a União Europeia.
A publicação de 2015
O documento citado por Orban foi publicado no auge da crise migratória europeia, quando milhares de refugiados, principalmente da Síria e de outros países do Oriente Médio, buscavam asilo na Europa. No artigo, Soros argumentava que a UE precisava desenvolver uma resposta coordenada à crise dos refugiados.
Posição da Hungria
A Hungria, sob a liderança de Orban, tem mantido uma das políticas migratórias mais restritivas da UE, incluindo a construção de barreiras físicas em suas fronteiras e a recusa em participar do programa de redistribuição de refugiados da União Europeia.
As acusações de Orban sobre a influência de Soros nas instituições europeias têm gerado debates sobre transparência e processos decisórios na UE. A questão também destaca as crescentes divisões entre os estados-membros sobre temas como imigração e soberania nacional.