O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou nesta segunda-feira (20), por meio de algumas declarações, como seu governo deve tratar a relação com a Venezuela nos próximos anos.
O mandatário americano diz que acompanha a crise política no país sul-americano “com grande interesse” e assegurou que não pretende negociar a compra de petróleo de Caracas.
“É um país que conheço muito bem por uma série de razões. Era um grande país há 20 anos, e agora está um desastre”, disse Trump ao ser questionado depois da posse sobre como garantiria, após assinar um decreto para restringir a imigração, que Maduro receberia pessoas expulsas dos EUA. “Vamos ver. Estamos olhando para a Venezuela com grande interesse”, indicou.
O presidente americano ainda sugeriu que poderia adotar medidas adicionais para pressionar a ditadura de Nicolás Maduro, que permanece no poder em Caracas apesar das inúmeras demonstrações de fraude eleitoral nas eleições de julho.
Em outro momento, quando perguntado se ainda estava comprometido com a saída de Maduro do poder, Trump respondeu: “Nós também vamos ver, porque provavelmente vamos parar de comprar petróleo da Venezuela, não precisamos”.
O republicano sugeriu que pode implementar outro embargo, como fez em seu primeiro mandato, por considerar que os EUA têm petróleo mais do que suficiente. “Isso mudaria bastante a Venezuela”, concluiu.
O recém-confirmado secretário de Estado, Marco Rubio, disse em sua audiência de confirmação para o cargo que os EUA deveriam rever as licenças que permitem que a petrolífera americana Chevron atue na Venezuela, porque ela contribui com bilhões para a ditadura de Maduro.
No final de semana, uma fonte da equipe de política externa de Trump disse à Axios que “não nos importaríamos nem um pouco em ver que Maduro compartilha uma vizinhança com (Bashar al) Assad em Moscou ”, referindo-se à partida do ditador sírio para o exílio após o colapso de seu regime.