Valor representa alta de 1,55% em relação a novembro
A Dívida Pública Federal (DPF) encerrou 2024 em R$ 7,316 trilhões, divulgou o Tesouro Nacional nesta terça-feira, 4. O valor representa alta de 1,55% em relação a novembro.
O montante permaneceu dentro da faixa estipulada pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), que era entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões.
A dívida pública, emitida para cobrir o déficit orçamentário, é usada como referência para avaliar a capacidade de pagamento do país. O passivo inclui débitos no Brasil e no exterior, e seu crescimento foi impulsionado pela apropriação positiva de juros — quando o retorno do Tesouro supera os pagamentos aos credores.
Dívida Interna e Externa
A Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) atingiu R$ 6,966 trilhões (+1,51%), enquanto a Dívida Pública Federal Externa somou R$ 349,1 bilhões (US$ 56,39 bilhões), com queda de 2,48%.
O governo emitiu R$ 57,87 bilhões em títulos em dezembro e resgatou R$ 15,24 bilhões, resultando em emissão líquida de R$ 42,63 bilhões. Desse total, R$ 43,50 bilhões são da dívida externa.
A divulgação do relatório ocorreu em entrevista coletiva no Ministério da Fazenda, em Brasília, nesta tarde.
O porcentual da dívida com vencimento em 12 meses ficou em 17,87% (ante 17,91% em novembro), e o prazo médio recuou para 4,05 anos.
Os títulos pós-fixados ampliaram participação para 46,29% (46,13% em novembro). Os prefixados caíram para 21,99% (22,14%), enquanto os atrelados a índices de preços ficaram em 26,96% (27,01%). Os papéis cambiais avançaram para 4,76% (4,72%).
Colchão da dúvida pública diminuiu
Em 2024, o colchão da dívida pública caiu. O colchão é como se chama a reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos.
Essa reserva passou de R$ 982,37 bilhões ano retrasado para R$ 860,15 bilhões no fim do ano passado.
Atualmente, o colchão cobre 6,24 meses de vencimentos da dívida pública. Nos próximos 12 meses, está previsto o vencimento de cerca de R$ 1,25 trilhão da DPF.
O subsecretário da Dívida Pública, Daniel Cardoso Leal, disse, na coletiva de imprensa, que o caixa está “confortável”.