O vice-presidente dos EUA criticou diretamente a postura de governos europeus que, segundo ele, ignoram as preocupações legítimas de seus cidadãos e restringem liberdades fundamentais. Ele citou casos de repressão política, mencionando um ex-comissário europeu que recentemente defendeu publicamente a anulação de uma eleição inteira na Romênia, alertando que algo similar poderia acontecer na Alemanha. Para Vance, “você não pode ganhar um mandato do povo jogando os seus opositores na prisão.”
Além disso, criticou a censura digital promovida por instituições europeias e o uso de controle de informação para limitar o debate público. Ele denunciou o que chamou de “esforços para restringir o discurso legítimo” e ironizou a forma como líderes europeus se sentem ameaçados pela liberdade de expressão: “Se a democracia americana pôde sobreviver a 10 anos de sermões de Greta Thunberg, vocês podem sobreviver a alguns meses de Elon Musk.”
"Se a democracia americana pode sobreviver a 10 anos de sermões de Greta Thunberg, vocês pode sobreviver a alguns meses de Elon Musk." 🤣
— Amazoni@zul🇧🇷 (@AmazoniaAzulBR) February 14, 2025
Vice Presidente dos EUA. pic.twitter.com/K1v4Ni4VjO
Vance também destacou a importância da confiança pública na democracia, afirmando que ela não pode se sustentar apenas por meio de instituições burocráticas, mas deve refletir a voz do povo: “Democracia não é nem as grandes instituições, mas a confiança na sabedoria do povo.”
Repressão religiosa e criminalização da dissidência
O vice-presidente citou vários exemplos de repressão à liberdade individual e à dissidência política na Europa. Um dos casos mencionados foi o do Reino Unido, onde um cidadão foi multado por rezar silenciosamente perto de uma clínica de aborto. “Ele não obstruiu ninguém, não interagiu com ninguém, apenas rezou em silêncio. Quando a polícia britânica o abordou e exigiu saber pelo que ele estava rezando, Adam respondeu simplesmente que era pelo filho não nascido que ele e sua ex-namorada haviam abortado anos antes. Os policiais não se comoveram,” relatou Vance. “Foi considerado culpado de violar a nova lei de zonas de exclusão do governo, que criminaliza orações silenciosas e outras ações que possam influenciar a decisão de uma pessoa dentro de 200 metros de uma clínica de aborto.”
Outro caso citado foi o da Suécia, onde um ativista cristão foi condenado por participar de queimas do Alcorão, mesmo após seu amigo ter sido assassinado como represália. “As leis suecas supostamente destinadas a proteger a liberdade de expressão não concedem, e cito, ‘um passe livre para dizer ou fazer qualquer coisa sem risco de ofender o grupo que mantém essa crença.'”
Advertência sobre os riscos da censura institucionalizada
Além da censura digital e da repressão religiosa, Vance alertou para os crescentes ataques à liberdade de expressão promovidos por governos europeus. Ele mencionou o caso de Bruxelas, onde a Comissão Europeia já declarou sua intenção de “fechar redes sociais durante períodos de agitação civil assim que detectarem o que consideram ser ‘conteúdo odioso.'”
Para Vance, esse tipo de controle governamental sobre a informação e a liberdade de expressão representa uma séria ameaça à democracia e mina a confiança do povo nas instituições. “Expressar opiniões não é interferência eleitoral, mesmo quando pessoas expressam opiniões fora de seus próprios países e mesmo quando essas pessoas são muito influentes”, afirmou.
O vice-presidente dos EUA encerrou seu discurso reforçando a importância de respeitar os princípios democráticos e os direitos fundamentais dos cidadãos europeus. Ele destacou que, sem um compromisso real com a liberdade de expressão e o respeito às vozes dissidentes, a Europa corre o risco de se distanciar ainda mais dos valores ocidentais que historicamente a definiram.
“Nenhuma democracia – nem americana, nem alemã, nem europeia – sobreviverá dizendo a milhões de eleitores que seus pensamentos e preocupações, suas aspirações, seus pedidos por alívio são inválidos ou indignos de serem considerados.“
O discurso do vice-presidente reforçou o compromisso do governo Trump em defender os valores democráticos no Ocidente e destacou a preocupação dos Estados Unidos com as direções que alguns países europeus estão tomando. Para Vance, é essencial que tanto os EUA quanto seus aliados europeus mantenham a coerência entre o que pregam e o que praticam, garantindo que a democracia continue sendo o alicerce das nações livres.
Uma resposta
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