O ministro do Interior e da Justiça da Venezuela, Diosdado Cabello, um dos aliados mais próximos do ditador Nicolás Maduro, afirmou que a Venezuela elegerá oito deputados, com seus respectivos suplentes, além de um governador para o Essequibo, território controlado pela Guiana que o país sul-americano reivindica como seu.
Segundo o regime chavista, serão realizadas eleições no dia 25 de maio sobre o futuro da região. Cabello ainda reiterou que a Venezuela não reconhecerá ações da Guiana perante a justiça internacional contra o pleito.
Em entrevista semanal do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), o ministro declarou que, “pela primeira vez, 285 parlamentares serão eleitos, com seus suplentes” para a Assembleia Nacional (AN, Legislativo), “acrescentando os deputados da Guiana Essequiba”.
“Em 25 de maio haverá eleições, e haverá eleições em nossa Guiana Essequiba. Eles verão o que farão com isso, nós continuaremos avançando porque esse é o nosso território”, disse Cabello ao lado do presidente da Assembleia Nacional, o chavista Jorge Rodríguez, outro aliado de Maduro.
O ministro venezuelano alegou que “tudo no lado oeste do rio Esequibo pertence à Venezuela”, em referência ao território de cerca de 160 mil quilômetros quadrados, rico em petróleo e outros recursos naturais, que é disputado com a Guiana.
“É nosso e não permitiremos que ninguém venha usurpar nosso território”, declarou Cabello, acusando o Exército guianense de “provocar” as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) da Venezuela.
O chavismo realizará no dia 15 de março assembleias em 47.560 comunidades em todo o país para propor seus candidatos para as eleições de maio.
No entanto, segundo estabelece um documento aprovado em fevereiro pelo chavismo, o ditador Maduro terá a resposta final na escolha dos cotados para as próximas eleições.