Quase metade dos brasileiros não confia no STF, mostra pesquisa

Levantamento também apresenta avaliação negativa do Congresso. Mais de 60% reprovam a atuação da Câmara e Senado

Quase 50% dos brasileiros afirmam não confiar no Supremo Tribunal Federal (STF), segundo pesquisa realizada pelo Instituto Opinião. O levantamento ouviu 2 mil pessoas, com 16 anos ou mais, em todas as regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais, com nível de confiança de 95%.

No recorte regional, o Sul concentra a maior rejeição à Corte. A desconfiança chegou a 58,1% entre os entrevistados da região. No Sudeste, o número alcançou 50,1%. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, o índice ficou em 50,6%. Já o Nordeste apresentou quadro mais dividido: 25,7% disseram confiar muito, 26,8% um pouco, e 41,7% declararam não confiar no STF.

A pesquisa mostra a desconfiança dos brasileiros em relação ao STF | Foto: Divulgação
A pesquisa mostra a desconfiança dos brasileiros em relação ao STF | Foto: Divulgação

Os dados nacionais revelam que 24,7% da população confia muito na Suprema Corte. Outros 22,2% disseram confiar um pouco, enquanto 4% preferiram não opinar ou não souberam responder.

Diretor do instituto responsável pela pesquisa atribui desconfiança ao protagonismo do STF em decisões de impacto político

Arilton Freres, sociólogo e diretor do instituto responsável pelo levantamento, atribui a desconfiança ao protagonismo do Supremo em decisões de forte impacto político. Para ele, o dado revela um alerta institucional: quase metade da população deixou de confiar na mais alta instância do Judiciário.

“Mais do que números, esses resultados são um alerta”, declarou Freres. “É fundamental que os Poderes da República se reconectem com a população, ampliem a transparência e fortaleçam os canais de escuta. Sem confiança pública, a democracia se enfraquece.”

Congresso Nacional também enfrenta rejeição

Congresso Nacional também enfrenta rejeição. Apenas 1,4% dos entrevistados classificaram o desempenho da Câmara dos Deputados como “ótimo”, e 8,2% como “bom”. A maior parte optou por “regular” (34,8%). Outros 19,7% avaliaram como “ruim” e 30,1% disseram ser “péssimo”.

Crédito Revista Oeste

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