Aliados no PDT recomendaram a Lupi deixar ministério

Grupo pede que ministro volte à presidência da legenda, mas que mantenha o partido na base do governo. Ala comandada por Ciro Gomes defende rompimento.

E, no Palácio do Planalto, alguns integrantes dão como certa a saída de Lupi, e aguardam, para breve, um encontro definitivo entre o presidente da República e o ministro. Na quarta-feira (30), Lula pediu a Gleisi Hoffmann (PT), das Relações Institucionais, que encaminhasse com o PDT a saída de Lupi.

A intenção do presidente é de resolver o assunto antes de viajar a Moscou, na Rússia, na semana que vem. Com o pedido feito, Gleisi e outros ministros, entre eles Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), estão conversando com dirigentes do PDT. A avaliação é que a saída dele foi pacificada com o PDT.

As conversas ocorridas na quinta-feira (1º), nos eventos do Primeiro de Maio, foram positivas. A expectativa é que entregue o cargo ainda nesta sexta-feira (2), desde que não haja pontas soltas ainda. Se ocorrer, vai ser no Planalto. Na costura, o ministério continua com o PDT.

O que pesou pela saída de Lupi foi o desempenho negativo como um todo causa pela fraude nas aposentadorias e o fato de ter mantido no ministério e no INSS figuras da gestão anterior.

O Planalto entende que é preciso dar um choque de gestão na previdência, o que não daria para ser feito com Lupi no cargo.

Esta semana, Lupi ouviu de importantes quadros do partido que o melhor é deixar o governo e voltar a assumir a presidência do partido, do qual é presidente licenciado, para se concentrar em garantir a manutenção do PDT como pilar da base do governo.

O temor de Lupi, manifestado aos interlocutores, é a de que sua saída seja interpretada pela opinião pública como confissão de culpa.

Enquanto uma ala do partido quer permanecer na base de sustentação do governo, há setores que veem na crise a oportunidade de romper de vez com o governo. Essa ala é capitaneada por Ciro Gomes que, em 2022, disputou a presidência contra Lula, recusou-se a apoiá-lo no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PL) e foi autor de alguns dos ataques mais duros contra o petista.

Crédito G1

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