O Supremo Tribunal Federal não considera a possibilidade de colocar tornozeleira eletrônica em Bolsonaro.
A possibilidade de impor tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não está sendo considerada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na quarta-feira 3, Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, encaminhou solicitação ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, e ao ministro Alexandre de Moraes em que sugere o monitoramento eletrônico de Bolsonaro em tempo real.
Na solicitação, o parlamentar comparou a situação de Bolsonaro à de Carla Zambelli. Ela deixou o Brasil recentemente e declarou que não pretende retornar.
O deputado também menciona Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, que está nos Estados Unidos. Segundo ele, Eduardo busca apoio do governo Donald Trump para pressionar o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Corte não associa caso de Zambelli a Bolsonaro
O Supremo, entretanto, avalia o caso de Zambelli de forma isolada e não pretende estender as consequências da conduta da deputada a Bolsonaro nem a outros investigados.
Um ministro do STF, em declaração reservada, explicou ao portal Metrópoles que cada caso deve ser analisado individualmente. “Não há paralelo entre a situação do ex-presidente e a da deputada Carla Zambelli”, disse o magistrado. “Em último caso, há o mecanismo da prisão preventiva.”
Carla Zambelli deixou o Brasil depois de ser condenada pelo STF a dez anos de prisão. Sua defesa apresentou recurso contra a decisão, e ela permaneceu em liberdade até o desfecho do processo.
Depois da partida da deputada, Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva de Zambelli e solicitou sua inclusão na lista da Interpol.
Crédito Revista Oeste