PF aponta Braga Netto como peça-chave na estratégia para desacreditar urnas

Documento teve como base troca de mensagens entre Braga Netto e coronel da reserva

Um relatório da Polícia Federal aponta que o general da reserva Walter Souza Braga Netto, réu na ação penal da alegada trama golpista, era a “figura central” na estratégia para descredibilizar as urnas eletrônicas.

O documento foi produzido com base em novos dados extraídos do celular do coronel da reserva Flávio Botelho Peregrino e anexado no processo do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou a prisão do ex-ministro da defesa.

“As trocas de mensagens confirmaram a atuação do general Braga Netto como uma figura central para a implementação das estratégias visando desacreditar o sistema eleitoral e o pleito de 2022, elemento fundamental, dentro do escopo traçado pela organização criminosa, para estimular seus seguidores a ‘resistirem’ na frente de quartéis e instalações das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para o suposto golpe de Estado”, diz o relatório.

Segundo o documento, Braga Netto e outras seis pessoas, incluindo o coronel Flávio Botelho, eram integrantes de um grupo no WhatsApp chamado “Eleicoes 2022@”, onde discutiam “diversas ações para subverter o regime democrático”.

A CNN procurou a defesa de Braga Netto para se manifestar sobre o conteúdo do relatório e aguarda manifestação. O general da reserva está preso desde dezembro do ano passado.

Conforme a PF, os membros do grupo se reuniram pelos menos cinco vezes, entre os dias 6 e 12 de novembro de 2022. Três reuniões foram realizadas pela internet e duas de forma presencial.

O relatório ainda aponta que foi por meio das conversas do grupo que surgiu a ideia que gerou a representação do Partido Liberal (PL), com alegações de fraudes, protocolada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Além disso, o relatório afirma que os integrantes desse grupo atuaram na elaboração e revisão do documento chamado “bolsonaro min defesa 06.11- semifinal.docx”, que seria uma minuta para ser assinada por um representante do PL e enviada ao Ministério da Defesa. O documento apontava fraudes nas urnas e tinha objetivo de influenciar o relatório técnico das Forças Armadas.

Crédito CNN

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