Ministro da Fazenda, Fernando Haddad reagiu após integrantes do Palácio do Planalto culparem-no por votação da derrubada do IOF
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reagiu na manhã desta quarta-feira (25/6) à tentativa de integrantes do Palácio do Planalto de culpá-lo pela votação da derrubada do decreto do IOF na Câmara dos Deputados hoje.
Conforme a coluna noticiou mais cedo, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), surpreendeu governo e até oposição ao anunciar, na noite da terça-feira (24/6), que votaria a derrubada do decreto do IOF no dia seguinte.
Surpreendidos, integrantes da Secretaria de Relações Institucionais, pasta que cuida da articulação política do governo, avaliaram que a decisão de Motta pode estar relacionada à entrevista de Haddad à TV Record na terça
Na entrevista, o ministro criticou o projeto que aumenta o número de deputados de 513 para 531. A proposta, já aprovada pela Câmara, será votada nesta quarta pelo Senado. “Nenhum aumento de gasto é bem-vindo”, disse Haddad.
À coluna, Haddad reagiu e afirmou que a relação entre sua fala na entrevista e a decisão de Motta “não faz sentido”. “Falei que não devíamos contratar novos gastos com a Selic a 15% (ao ano). Nenhum”, disse o ministro da Fazenda.
A assessoria de Gleisi, por sua vez, enviou nota ressaltando que a ministra “nega e desautoriza categoricamente” os comentários de integrantes do ministério que ela comanda publicados pela coluna culpando Haddad.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira, também negou à coluna que os comentários feitos sob reserva por integrantes do Planalto representem uma posição oficial do governo.
Críticas a Motta em jantar
Procurado pela coluna, Motta não respondeu. Em grupos de WhatsApp com deputados, o presidente da Camada disse que não haveria problema em pautar a derrubada, uma vez que o texto “é conhecido” há semanas e, assim, não pegaria ninguém de surpresa.
Interlocutores de Motta, por sua vez, afirmam que, além da entrevista, ele ficou irritado com supostas criticas feitas por Haddad ao deputado durante um jantar promovido pelo grupo Prerrogativas em 13 de junho. O ministro, porém, nega ter feito as críticas.
Crédito Metrópoles