Trump disse que deve aplicar tarifa geral entre 15% e 20% nas importações de países que não chegarem a acordo com seu governo até sexta (1º)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (28) que deve aplicar uma tarifa geral entre 15% e 20% nas importações de países que não chegarem a um acordo com seu governo até sexta-feira (1º), quando termina o prazo para essas conversas.
“Para o mundo, eu diria que ficará em algum lugar na faixa de 15% a 20%… Só quero ser gentil”, disse Trump a jornalistas em Turnberry, na Escócia, em encontro com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer.
“Eu diria que na faixa de 15% a 20%, provavelmente um desses dois números”, acrescentou Trump, segundo informações da CNBC.
“Vamos estabelecer uma tarifa essencialmente para o resto do mundo, e é isso que eles vão pagar se quiserem fazer negócios nos Estados Unidos, porque você não pode sentar e fazer 200 acordos”, disse o presidente americano.
Caso se concretize, a tarifa máxima informada por Trump seria bem menor que a sobretaxa de 50% na importação americana de produtos brasileiros prometida para 1º de agosto, conforme carta enviada pelo republicano à gestão Lula no último dia 9.
O presidente americano não esclareceu nesta segunda-feira se haverá exceções, mas na sexta-feira (25) a agência Bloomberg informou que a gestão Trump está preparando uma declaração de emergência como nova base legal para impor tarifas sobre o Brasil.
Essa declaração estaria sendo avaliada como necessária para impor a taxa de 50% sobre importações de produtos do Brasil ameaçada por Trump, já que os Estados Unidos têm superávit comercial com o país sul-americano, informaram fontes ouvidas pela Bloomberg.
Por ora, poucos governos fecharam acordos com os Estados Unidos desde o chamado Dia da Libertação, em 2 de abril, quando o republicano anunciou sobretaxas nas compras americanas da maioria dos países e territórios do mundo. Nos últimos dias, Trump anunciou compromissos com o Japão (com tarifa de 15%), Filipinas, Indonésia (ambas com 19%) e União Europeia (15%).