O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou nesta sexta-feira (8) o pedido do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar. O parlamentar é o primeiro aliado do ex-mandatário a ter a solicitação negada pelo magistrado.
Moraes apontou que Gayer é investigado no STF em uma ação conexa ao processo sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, na qual Bolsonaro é réu.
“Em face da medida cautelar imposta ao custodiado Jair Messias Bolsonaro pela decisão de 17/7/2025 (eDoc. 1.481), consistente em proibição de comunicar-se com réus ou investigados em ações penais ou Inq/Pets conexas, inclusive por meio de terceiros, indefiro a autorização de visita para Gustavo Gayer Machado de Araújo, uma vez que é investigado na PET 12.042/DF”, escreveu.
Além da prisão domiciliar, Bolsonaro deve cumprir uma série de medidas cautelares, entre elas, a proibição de manter contato com investigados ou réus em ações relacionadas às que responde, inclusive por intermédio de terceiros.
Na mesma decisão, Moraes autorizou as visitas da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e dos deputados Domingos Sávio (PL-MG), Joaquim Passarinho (PL-PA), Capitão Alden (PL-BA) e Júlia Zanatta (PL-SC), que devem ocorrer entre os dias 15 e 21 de agosto.
O ministro decretou a prisão domiciliar do ex-presidente na segunda-feira (4). Segundo ele, Bolsonaro descumpriu as restrições impostas em julho na esteira da investigação sobre a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. O governo de Donald Trump suspendeu o visto de Moraes, seus familiares e aliados, bem como aplicou a Lei Magnitsky ao magistrado.