Maduro rejeita decisões da Corte Internacional de Justiça e sustenta reivindicação com base no Acordo de Genebra de 1966
O ditador Nicolás Maduro afirmou, nesta segunda-feira, 11, que “mais cedo ou mais tarde” a região de Essequibo, hoje sob domínio da Guiana, será da Venezuela. O território tem cerca de 160 mil km². Ele é rico em recursos minerais e está no centro de uma disputa que dura mais de um século.
“O milagre da recuperação completa de Essequibo vamos ver mais cedo ou mais tarde, façam a manobra que fizer ExxonMobil, imperialismo e a Corte Internacional [de Justiça, CIJ]”, disse Maduro em seu programa semanal, transmitido pela emissora estatal VTV. ExxonMobil é uma empresa multinacional norte-americana de petróleo e gás, uma das maiores do mundo.

O líder chavista afirmou que não reconhecerá nenhuma decisão da CIJ no processo aberto a pedido da Guiana. O país vizinho quer encerrar a disputa com base no Laudo Arbitral de Paris de 1899, que atribuiu a soberania à então Guiana Britânica.
Maduro: “Não reconhecemos nenhuma decisão” da CIJ
“Nós não reconhecemos esse julgamento, não reconhecemos nenhuma decisão que saia de lá. É espúria, vai contra os regulamentos da própria Corte Internacional de Justiça”, afirmou. Segundo Maduro, a Venezuela apresentou ao tribunal um novo documento que conteria a “verdade histórica” dos direitos do país sobre a região.
A Venezuela considera o laudo de 1899 nulo. O regime reivindica Essequibo com base no Acordo de Genebra de 1966, assinado com o Reino Unido, que previa negociações para solucionar a disputa — processo que não foi concluído.