A perspectiva da saída de Luís Roberto Barroso abriu o debate sobre quem vai ser o novo integrante da Corte
O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou apoio explícito ao senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como potencial nome para ocupar a próxima vaga aberta na Corte. As especulações sobre um novo integrante do tribunal ganham força diante da perspectiva de saída do atual presidente, Luís Roberto Barroso.
Ao jornal Folha de S.Paulo, Gilmar Mendes disse que “a Corte precisa de pessoas corajosas e preparadas juridicamente”, pois “o STF é jogo para adultos. Diante disso, ele falou em nome dos outros ministros: “o senador Pacheco é o nosso candidato.”
Pacheco foi questionado pelo jornal sobre a possível indicação para a Corte. “Sou tímido”, limitou-se a responder.
Presidente do Senado até janeiro deste ano, ele é aliado de Lula. “Nunca o Brasil precisou tanto do senhor como hoje para garantir a soberania nacional do Brasil”, afirmou em discurso no final de julho.
Rodrigo Pacheco concorre com Jorge Messias e com o chefe da AGU
O debate sobre sucessão no STF ganhou força em Brasília devido aos rumores de que Luís Roberto Barroso pode deixar o tribunal em setembro, quando termina seu mandato na presidência. Nesta quarta-feira, 13, Edson Fachin foi escolhido para presidir o STF, com posse prevista para o dia 29 e mandato até 2027. Alexandre de Moraes assumirá como vice no próximo biênio.
Diante da possível saída de Barroso, outros nomes passaram a ser mencionados como candidatos, entre eles o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o controlador-geral da União, Vinicius de Carvalho, além de Rodrigo Pacheco. Gilmar Mendes enfatizou que apoia o senador independentemente do momento em que a vaga seja aberta.
Se Barroso decidir permanecer, uma nova oportunidade no STF só surgiria em abril de 2028, com a aposentadoria obrigatória de Luiz Fux, que atingirá 75 anos. O ambiente no tribunal segue sob pressão desde o fortalecimento da oposição no país, afetando diretamente os ministros da Corte.
Crédito Revista Oeste