
Investigação identificou vários perfis criados em redes sociais por Allan em que atacava Lula e Moraes
A Polícia Federal indiciou Allan dos Santos pelos crimes de difamação, injúria, desobediência e incitação ao crime. O relatório da investigação foi encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quarta-feira (19).
Allan dos Santos está foragido desde 2021, após decretação da prisão preventiva pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito das fake news, que investiga a criação de uma organização criminosa para a disseminação de notícias falsas.
Segundo a investigação da PF, Allan teria criado vários perfis nas redes sociais e agido “sistematicamente” para desrespeitar decisões do Supremo.
“A investigação já conseguiu qualificar o investigado e obter dados relevantes sobre seus perfis. Os relatórios de análise de postagens demonstraram a natureza pejorativa e conspiratória dos conteúdos, corroborando as acusações iniciais”, descreve a conclusão do inquérito.
Conforme a investigação, a PF destaca que o blogueiro usou os perfis para burlar as ordens judiciais. Os investigadores também identificaram as contas de email de acessos às contas feita por dispositivo nos Estados Unidos.
Entre as postagens, a PF cita ataques ao ministro Alexandre de Moraes e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Foi encontrada uma postagem contendo uma denúncia de financiamento ilegal de políticos de esquerda, incluindo Lula, por parte do governo venezuelano.”, diz trecho do relatório.
“Em outra postagem, crítica o STF, onde Moraes é ministro, por estar ‘em parceria com o TikTok e o PCC’, acusando a corte de fazer propaganda de si e receber pagamento por serviços”, completa sobre outro post a PF.
Ainda nesta quarta, o ministro Alexandre de Moraes encaminhou o relatório da PF para PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestar no prazo de 15 dias.