Governo Lula gastou cerca de R$ 25 mi com projeto contra ‘desinformação’

Verba destinada à Rede Minerva resultou em monitoramento de opositores nas redes sociais

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) confirmou que a Rede Minerva, criada no governo Lula com a justificativa de combater a desinformação, já recebeu R$ 24,6 milhões em recursos públicos. A informação consta da resposta ao Requerimento de Informação 3.470/2025, apresentado pelo deputado federal Kim Kataguiri (União-SP).

Segundo o documento, a Rede Minerva opera dentro do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia. A execução financeira está sob responsabilidade da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa, ligada à Universidade Federal de Minas Gerais.

Projetos financiados pelo governo Lula

Do total, R$ 18 milhões foram destinados à Plataforma Multidisciplinar de Escuta Social Digital, Combate à Desinformação e Promoção aos Direitos Difusos, com verbas do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Outros R$ 6,6 milhões financiaram o Painel Informacional de Detecção de Narrativas Antivacina (DNA), mantido pelo Fundo Nacional de Saúde, vinculado ao Ministério da Saúde.

Monitoramento de opositores

A Rede Minerva ganhou destaque depois de ser revelado que pesquisadores monitoraram redes sociais de influenciadores, perfis anônimos e parlamentares de oposição, como os deputados Gustavo Gayer (PL-GO), Julia Zanatta (PL-SC) e Carlos Jordy (PL-RJ).

O MCTI negou ingerência da Secretaria de Comunicação Social da Presidência na concepção ou na operação do programa. Ainda assim, os projetos seguem sob críticas. Os principais questionamentos envolvem a falta de transparência nos critérios de monitoramento e a não divulgação integral dos resultados produzidos com recursos públicos.

Questionamentos políticos

O caso provocou reação no Congresso e no Tribunal de Contas da União. Parlamentares da oposição exigem acesso aos relatórios completos e acusam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de usar a Rede Minerva como instrumento de vigilância política.

O Palácio do Planalto diz que a iniciativa tem caráter científico e busca compreender a circulação de desinformação.

Crédito Revista Oeste

compartilhe
Facebook
Twitter
LinkedIn
Reddit

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *