Depois de derrota na articulação, esquerdistas tentam atrapalhar votação

Parlamentares da base governista criticam a análise no plenário; oposição prevê vitória com mais de 300 votos

Depois de a esquerda na Câmara ter sofrido uma primeira derrota com a entrada da votação da urgência da anistia na pauta, deputados da base governista têm buscado atrapalhar a análise da proposta em plenário. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou a votação em sessão na noite desta quarta-feira, 17.

Desde a abertura da sessão, por volta das 20h30, deputados de esquerda têm gritado “sem anistia” em meio aos discursos parlamentares. Os esquerdistas têm criticado nos discursos a possibilidade de se anistiar os presos políticos pela manifestação de 8 de janeiro de 2023.

A líder do Psol na Câmara, deputada Talíria Petrone (RJ), chegou a declarar que “hoje é um dia triste para a nossa democracia” e que a anistia visa a proporcionar “impunidade a golpistas”.

Urgência da anistia 

Oeste já havia publicado anteriormente que a votação da urgência da anistia estava prevista para esta semana. Durante a tarde desta quarta-feira, Motta se reuniu na sua Residência Oficial com três integrantes do Partido Liberal: Sóstenes Cavalcante (líder da bancada), Luciano Zucco (líder da oposição) e Carol De Toni (vice-líder da minoria). 

Logo em seguida, às 19h, houve o anúncio da reunião no Colégio de Líderes. Em cerca de uma hora e meia, estava decidido: a votação da urgência da anistia será votada ainda nesta noite.

“O Brasil precisa de pacificação e de um futuro construído em bases de diálogo e respeito”, anunciou Motta, em uma publicação no X. “O país precisa andar. Temos na Casa visões distintas e interesses divergentes sobre os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023. Cabe ao Plenário, soberano, decidir.”

Antes, ainda não havia definição quanto ao texto. Contudo, Motta definiu que será analisado o projeto de lei 2162/2023, do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ). “Concede anistia aos participantes das manifestações reivindicatórias de motivação política ocorridas entre o dia 30 de outubro de 2022 e o dia de entrada em vigor desta Lei, e dá outras providências”, esta é a definição da proposta.

“Portanto, vamos hoje pautar a urgência de um projeto de lei do deputado Marcelo Crivella para discutir o tema”, disse Motta. “Se for aprovada, um relator será nomeado para que possamos chegar, o mais rápido possível, a um texto substitutivo que encontre o apoio da maioria ampla da casa. Como Presidente da Câmara, minha missão é conduzir esse debate com equilíbrio, respeitando o Regimento Interno e o Colégio de Líderes.”

Crédito Revista Oeste

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