O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se colocou como candidato à presidência da República nesta terça-feira (23). Em meio a perseguições no Congresso Nacional que podem cassar seu mandato, o parlamentar reiterou sua candidatura, que seria condicional: somente se seu pai não puder se candidatar.
“Eu sou, na impossibilidade de Jair Bolsonaro, candidato a presidente da República. É por isso que o sistema corre e se apressa para tentar me condenar em algum colegiado, seja na primeira turma do STF, para tentar me deixar inelegível”, declarou em entrevista ao Contexto Metrópoles.
A possível candidatura de Eduardo à Presidência da República vem em um momento no qual outra familiar de Jair Bolsonaro, condenado e tornado inelegível, também não descarta concorrer. A um jornal britânico, a mulher Michelle Bolsonaro disse que pode encabeçar alguma chapa em 2026.
Michelle afirmou ao jornal que pode se tornar sucessora de Bolsonaro na política, embora tenha dito que sua prioridade no momento é cuidar do marido, que descobriu recentemente lesões cancerígenas na pele.
Eduardo enfrenta perseguição
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados instaurou um processo contra o deputado, acusado de quebra de decoro. A iniciativa partiu de uma representação apresentada pela bancada do PT, que pede a cassação do mandato do parlamentar. Ele também pode ter o mandato cassado por faltas.
O processo se somou a outras três representações já protocoladas contra Eduardo Bolsonaro, que ainda não foram analisadas pelo colegiado. O deputado alega que não pode retornar ao Brasil por ser alvo de “perseguição política” e viver em condição de exílio nos Estados Unidos. Ele chegou a pedir licença do mandato, mas o prazo expirou em julho, o que fez com que ele começasse a acumular faltas não justificadas.
