Sóstenes: ‘PL não abrirá mão da anistia’

O líder do partido na Câmara disse que tenta sensibilizar Paulinho da Força, mas garante que irá agir caso a proposta não inclua o perdão irrestrito

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), reforçou, nesta terça-feira, 30, que o partido não aceitará a substituição da anistia pela proposta de dosimetria defendida pelo relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP). Segundo ele, o perdão irrestrito é o único caminho capaz de reparar as condenações do 8 de janeiro.

“Logicamente, nós vamos continuar insistindo que não cabe, neste caso, a redução de penas”, afirmou Sóstenes. “Não resolve o problema, porque as pessoas já pagaram um sexto dessas penas. O que cabe, neste caso, é a anistia, mas nós jamais nos fecharemos ao diálogo.”

A fala do líder ocorreu logo depois da reunião de Paulinho da Força com o presidente e o vice-presidente do PL, Valdemar Costa Neto e Márcio Alvino, respectivamente. O encontro foi na sede da legenda em Brasília.

PL pode interferir para garantir anistia

Ainda em coletiva de imprensa, o deputado elogiou o empenho do relator, mas deixou claro que a legenda está disposta a agir caso suas demandas não sejam atendidas. “Se ele não conseguir construir esse caminho, nós continuaremos pensando na possibilidade de apresentar o destaque ou substitutivo.”

Sóstenes mostra que o contato de Paulinho com familiares dos condenados pode aumentar a sensibilidade do relator. “Eu acho que quando ele estiver, a partir de amanhã, com as famílias dos presos políticos, ele vai ter maior sensibilidade, inclusive.”

Encontro com Eduardo Bolsonaro

Na coletiva, Sóstenes relatou que esteve nos Estados Unidos, onde se encontrou com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Na ocasião, os dois trataram de estratégias para resguardar o mandato do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Recentemente, Eduardo foi indicado para assumir como líder da minoria na Câmara. Contudo, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), barrou a indicação.

O líder do PL classificou a decisão de Motta contra Eduardo como resultado de pressões externas. “Espero que a mesa reveja a decisão do presidente Hugo Motta e que ele possa ser o nosso líder da minoria”, analisou. “É prerrogativa do PL, que é a maior bancada de oposição. Tenho convicção de que a decisão foi fruto de pressão extracorpórea, o que não é salutar para o ambiente da Câmara.”

Sóstenes garantiu que, caso a liderança da minoria não seja assegurada, o partido já trabalha com “instrumentos e estratégias regimentais” para solucionar o caso. “Tenho convicção de que o deputado Eduardo Bolsonaro vai cumprir o mandato dele até o fim”, disse.

Crédito Revista Oeste

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