O grupo terrorista Hamas realizou execuções públicas em massa em Gaza nesta segunda-feira, apenas algumas horas depois de assinar um tratado de paz com Israel, segundo vídeos que mostram represálias sangrentas após a retirada das tropas israelenses.
As imagens mostram oito homens espancados e vendados, ajoelhados em uma rua, sendo mortos a tiros por militantes do Hamas diante de uma multidão que aplaudia. O grupo alegou, sem apresentar provas, que as vítimas eram “criminosos e colaboradores de Israel”, informou a BBC.
Entre os executados estava Ahmad Zidan al-Tarabin, acusado de recrutar agentes para uma milícia rival não alinhada ao Hamas, segundo o portal israelense Ynet News. Após a retirada das Forças de Defesa de Israel (IDF), o Hamas passou a restabelecer seu controle sobre Gaza, atacando clãs familiares armados que haviam ganhado força durante o conflito.
No domingo, antes mesmo da assinatura do acordo, 52 integrantes do influente clã Dagmoush foram mortos em confrontos com forças de segurança do Hamas. Outros 12 membros do grupo, incluindo o filho do dirigente Bassem Naim, também morreram. Há relatos de que militantes do Hamas usaram ambulâncias para invadir o bairro do clã, acusado de colaborar com Israel.
“É um massacre. Eles estão arrastando as pessoas, as crianças gritam e morrem, estão queimando nossas casas. O que fizemos de errado?”, relatou à Ynet a filha de um dos membros do clã.
Mais cedo, o presidente Donald Trump afirmou que concedeu ao Hamas permissão temporária para gerenciar a segurança interna em Gaza “como achar adequado”, dentro do acordo de paz que previa a devolução dos reféns vivos a Israel. “Eles querem acabar com os problemas e foram transparentes quanto a isso. Demos a aprovação por um período de tempo”, declarou Trump a bordo do Air Force One.
O plano de paz estabelecia que o Hamas deveria se desarmar e entregar o controle administrativo de Gaza — exigência que o grupo terrorista tem se recusado a cumprir.