Romênia amplia vigilância em massa contra seus próprios cidadãos

A Romênia construiu silenciosamente um vasto sistema de vigilância interna sob o pretexto de “segurança nacional”, com milhares de mandados secretos aprovados sem qualquer controle judicial efetivo.

Documentos obtidos por meio da Lei de Liberdade de Informação mostram que, entre as eleições presidenciais de 2024 e setembro de 2025, a Suprema Corte romena autorizou 2.843 mandados de segurança nacional — todos aprovados sem exceção. Nos últimos três anos, foram 8.603 autorizações, cobrindo os governos de Klaus Iohannis, Ilie Bolojan e Nicușor Dan. Cada mandado permite que as agências de inteligência interceptem ligações, monitorem e-mails, rastreiem cidadãos por GPS e até invadam residências privadas, sem notificação às pessoas investigadas.

Especialistas estimam que mais de 55 mil romenos tenham sido vigiados nesse período. Apesar da escala da operação, o número de processos judiciais por crimes de segurança nacional é mínimo — o que indica uso político e desproporcional dos mecanismos de espionagem. O contraste com os Estados Unidos é significativo: o tribunal americano FISA emitiu apenas 356 mandados em 2024, rejeitando ou modificando parte deles, enquanto a Romênia aprovou todos os pedidos sem questionamento.

Analistas alertam que a combinação da retórica belicista na Alemanha e da expansão de poderes de vigilância em países da União Europeia forma um padrão preocupante: governos invocam “segurança nacional” para justificar censura, repressão e erosão de liberdades civis. O caso romeno, afirmam observadores, é um sinal de alerta para a Europa — que pode acabar lutando não contra inimigos externos, mas contra as próprias liberdades que afirma defender.

Crédito The Gateway Pundit

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