O comunicado divulgado nesta quinta-feira, 30, pelo PL Mulher, faz uma dura crítica ao presidente da República
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro manifestou apoio à megaoperação policial realizada na terça-feira 28, nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. A ação resultou em 121 mortes, quatro delas de policiais, e mobilizou 2,5 mil agentes. O objetivo das forças de segurança foi enfraquecer a atuação do Comando Vermelho, principal facção criminosa do Estado.
O comunicado divulgado nesta quinta-feira, 30, pelo PL Mulher critica duramente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), citando-o oito vezes. O texto relaciona Lula a Nicolás Maduro e Gustavo Petro, presidentes da Venezuela e Colômbia, respectivamente, e afirma que formam o que chama de “Trio da Destruição”.
Críticas de Michelle Bolsonaro ao governo e acusações de conivência
“Os traficantes brasileiros há muito deixaram de ser meros vendedores de drogas”, afirma o partido em nota. “Eles se transformaram em narcoterroristas – uma realidade que não pode mais ser ignorada. (…) Na América do Sul, uma tríade de governantes – Maduro, Petro e Lula, o chamado Trio da Destruição – parece atuar incansavelmente para favorecer os traficantes, inclusive recusando-se a classificá-los como narcoterroristas. O que eles têm em comum? Cada um a seu modo, defende e protege, direta ou indiretamente, esses criminosos.”
Segundo o PL Mulher, “Lula e seus aliados parecem defender os traficantes por causa de suas palavras e ações”.
A nota ainda destaca que “a Polícia Federal, sempre ágil para prender idosas e mulheres manifestantes do 8 de janeiro, recusou-se a combater traficantes em apoio às polícias civil e militar do Rio. Na Indonésia – onde o tráfico é punido com pena de morte –, Lula declarou que os traficantes são vítimas dos usuários”. A declaração de Lula, citada pelo partido, foi feita em 24 de outubro, em Jacarta, quando comentou ações do governo dos Estados Unidos no Caribe.
Posicionamento sobre a operação e críticas à imprensa
O PL Mulher também afirmou que os mortos na operação não eram vítimas, mas algozes, e criticou a atuação da imprensa. “[Os narcoterroristas mortos] colheram o que plantaram: violência, destruição e morte”, enfatiza o texto. “Enfrentaram a polícia com bombas, drones e armamento pesado, mas foram derrotados porque o bem sempre prevalecerá, por mais que a imprensa –paga pelo governo com dinheiro do povo– tente vender a narrativa de que os narcotraficantes foram as vítimas. (…) Ao tratar narcotraficantes como vítimas, Lula torna-se cúmplice da dor e da destruição que o tráfico espalha.”
