Movimento vai usar espaços para a comercialização de alimentos sem a cobrança de aluguel ou com preços reduzidos
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou um edital que pode beneficiar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), em São Paulo.
Conforme o documento, lançado em setembro, o grupo vai poder usar espaços para a comercialização de alimentos sem a cobrança de aluguel ou com preços reduzidos. O objetivo, segundo o edital, é “promover a inclusão efetiva” nas áreas de vendas da Ceagesp.
A estratégia do governo Lula
Além disso, o governo petista busca “priorizar” os movimentos da chamada “agricultura familiar” do Estado de São Paulo. De acordo com o Executivo, a estratégia é “consolidar o sistema nacional de abastecimento alimentar, que preze pelos princípios da inclusão, sustentabilidade e justiça social”.
O movimento teve até o dia 24 de outubro para inscrever-se. Outros grupos que podem ser beneficiados são:
- movimentos que integram a agricultura familiar;
- povos e comunidades tradicionais;
- povos indígenas;
- quilombolas;
- pescadores artesanais; e
- agricultores urbanos e periurbanos.
A medida causou indignação de comerciantes da Ceagesp. A Ank Negócios LTDA, que representa algumas empresas que atuam no entreposto, enviou um documento à Secretaria de Abastecimento, Cooperativismo e Soberania Familiar, no qual questiona a decisão do governo Lula.
O Executivo lançou o edital por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. O chefe da pasta, Paulo Teixeira, tem forte ligação com o MST.
Em janeiro, o ministro de Lula participou o ato “Por Reforma Agrária, Vida e Justiça”, que ocorreu em Tremembé, no interior de São Paulo.





