O incêndio em um dos pavilhões da cúpula climática da ONU (COP 30), em Belém, que forçou a evacuação do local, repercutiu na imprensa de outros países.
O jornal britânico The Telegraph escreveu que o evento foi “mergulhado no caos” devido ao incidente. “A cúpula climática COP 30 foi mergulhada no caos nesta quinta-feira, após um incêndio atingir um dos pavilhões de conferências em Belém, no Brasil, forçando a evacuação do local”, afirmou o jornal.
O site Politico destacou depoimentos de testemunhas, como do enviado italiano para o clima, Francesco Corvaro, que relatou que estava em uma reunião no pavilhão do seu país, ao lado de onde o incêndio começou, quando começou “a ver muitas pessoas correndo”.
“[A princípio,] pensei que talvez Lula estivesse chegando. Então vi o fogo. Ele se espalhou muito, muito rápido pelo corredor perto do nosso pavilhão, até o teto”, disse Corvaro.
A agência britânica Reuters lembrou que não foi a primeira vez que a COP 30 foi interrompida. “Desde que teve início este mês, a cúpula atraiu diversos protestos exigindo ações climáticas e proteção florestal, que por vezes interromperam as negociações”, informou.
Já o jornal argentino Clarín e a agência espanhola EFE destacaram outros problemas que a cúpula enfrentou desde a preparação.
“Os meses que antecederam a cúpula foram marcados por sérios problemas logísticos em Belém, a porta de entrada para a Amazônia brasileira, devido à falta de infraestrutura da cidade e aos altos custos de hospedagem”, afirmou o Clarín.
“Assim que a COP 30 teve início, a ONU enviou uma carta à Presidência brasileira reclamando de certos problemas de infraestrutura no local das negociações e solicitando reforço na segurança após um protesto indígena ter invadido o local”, acrescentou o jornal.
A EFE foi na mesma linha, ao enfatizar que “os meses anteriores à celebração da cúpula foram marcados pelos graves problemas logísticos da capital paraense, devido à falta de infraestrutura e aos altos preços da hospedagem”.





