Com crise dos Correios, rombo de estatais pode ser o maior da história

Correios faz parte de conjunto de estatais que amargaram R$ 6,35 bilhões de déficit até outubro deste ano

Um relatório divulgado pelo Banco Central nesta sexta-feira (28/11) aponta que as estatais brasileiras somam um déficit acumulado de janeiro a outubro deste ano da ordem de R$ 6,35 bilhões. O maior prejuízo é o dos Correios, estatal que se tornou uma dor de cabeça para o governo federal, com déficits consecutivos.

O resultado até outubro do rombo das estatais se aproxima do total de prejuízo de 2024 (R$ 6,73 bilhões), que foi o maior da história. A tendência é de que o rombo seja ainda maior este ano.

O cálculo do Banco Central leva em conta empresas como Correios, Casa da Moeda, Hemobrás, Emgea, Emgepron, Infraero, Dataprev e Serpro. No entanto, estão excluídas a Petrobras e a Eletrobras, bem como os bancos públicos.

De janeiro a outubro de 2024, o déficit do grupo das estatais que inclui os Correios somou R$ 4,45 bilhões. Na comparação com a parcial deste ano até outubro, (R$ 6,35 bilhões) o aumento é de 42%. Em 2023, o déficit de janeiro a outubro foi de R$ 286 milhões.

Em 2024, o grupo das estatais do qual o Correios faz parte apresentou déficit de R$ 6,73 bilhões. Como o resultado até outubro se aproxima do total de 2024, a expectativa é de um novo recorde histórico. No de 2023, o montante de déficit havia sido de R$ 656 milhões.

A crise dos Correios

No primeiro semestre deste ano, os Correios tiveram prejuízo de R$ 4,37 bilhões. O resultado é o triplo do reportado no primeiro semestre de 2024 (R$ 1,35 bilhão).

Até o momento, a solução apresentada foi a aprovação, no último dia 19, de um plano de reestruturação que prevê um empréstimo de até R$ 20 bilhões ainda em novembro, com o intuito de quitar obrigações de curto prazo.

Por causa do déficit dos Correios, o governo federal acentuou o aperto para fechar as contas públicas dentro da meta, que é de défict zero, mas com tolerância de até R$ 31 bilhões. O resultado foi um contingenciamento de R$ 3,3 bilhões no Orçamento da máquina pública.

Crédito Metrópoles

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