Ministério do Planejamento atribui mudança à inflação abaixo do previsto; valor final depende do INPC
O governo federal diminuiu a previsão do salário mínimo para 2026. A estimativa anterior, de R$ 1.631, caiu para R$ 1.627. A nova projeção consta em documentos que o Ministério do Planejamento enviou ao Congresso na última semana.
O valor será usado como referência na tramitação do Orçamento do próximo ano. Segundo a pasta, a mudança se deve à desaceleração da inflação, que impacta diretamente a fórmula de correção do piso.
A previsão atual considera uma alta de 7,2% sobre o salário mínimo de 2025, fixado em R$ 1.518. O número definitivo, porém, só será conhecido depois da divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), nos próximos dias.
O INPC mede a inflação acumulada até novembro e, junto com o crescimento do Produto Interno Bruto, compõe a base de cálculo do reajuste anual. Mesmo assim, a regra do arcabouço fiscal impõe um limite. O aumento real do salário não pode ultrapassar 2,5% acima da inflação.
Governo admite impacto em aposentadorias, mas não propõe cortes
A nova projeção também afeta os gastos federais. O salário mínimo serve de base para benefícios como aposentadorias, pensões, abono salarial e seguro-desemprego. Apesar disso, o Ministério do Planejamento não sugeriu cortes nessas despesas.
“A projeção menor tem o efeito de reduzir os gastos com aposentadorias, pensões e outros benefícios”, informou a pasta. “No entanto, a atualização da projeção depende de outros fatores, como a variação da base de beneficiários, cabendo ao Congresso avaliar a conveniência e oportunidade de alterar as estimativas dos gastos previdenciários e sociais durante a tramitação do Projeto de Lei Orçamentária Anual.”
Crédito Gazeta do Povo






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