Trinidad e Tobago confirma instalação de radar militar dos EUA

O anúncio surge em meio à intensificação das tensões diplomáticas entre Washington e Caracas

A primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, confirmou a instalação de um radar militar dos Estados Unidos na ilha de Tobago, próxima ao litoral da Venezuela. O anúncio surge em meio à intensificação das tensões diplomáticas entre Washington e Caracas.

De acordo com a primeira-ministra, o novo sistema de radar tem como principal objetivo fortalecer o monitoramento de atividades tanto em território trinitário quanto além de suas fronteiras.

Ela também esclareceu que militares americanos ainda permanecem no país, mesmo depois de ter afirmado, na quarta-feira 26, que os fuzileiros navais dos EUA já teriam partido, e que eles colaboram com a modernização do aeroporto e as operações de vigilância em Tobago.

A chefe de governo ressaltou que o equipamento servirá, sobretudo, para ampliar o combate ao tráfico de drogas nas águas do país.

“A instalação nos ajudará a melhorar nossa vigilância contra narcotraficantes em nossas águas”, afirmou Kamla Persad-Bissessar, nesta sexta-feira 28.

Com a declaração, a primeira-ministra se alinha ao posicionamento dos Estados Unidos em relação ao regime do ditador Nicolás Maduro, na Venezuela.

🇺🇸🇹🇹 ÚLTIMAS NOTÍCIAS: O sistema de radar americano AN/TPS-80 G/ATOR já está operacional no Aeroporto Internacional ANR Robinson, em Trinidad e Tobago.

🔥🔥 pic.twitter.com/Gueut1BHc5— Conservatism And Elegance 🇺🇲 (@ThayzzySmith) November 29, 2025

Trinidad e Tobago nega participação em “guerra contra a Venezuela”

Moradores notaram a presença militar americana e relataram que fuzileiros navais dos EUA estavam hospedados em um hotel local, enquanto plataformas de rastreamento identificaram pousos de aeronaves militares no Aeroporto Internacional ANR Robinson.

Entre 16 e 21 de novembro, cerca de 350 membros da 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais dos EUA realizaram exercícios conjuntos com a Força de Defesa de Trinidad e Tobago.

Na terça-feira 25, Kamla Persad-Bissessar se reuniu com o chefe do Estado-Maior dos EUA, Dan Caine, para tratar de questões ligadas à segurança regional e à atuação de organizações criminosas transnacionais.

Ela reiterou que o governo dos Estados Unidos não solicitou permissão para utilizar o território trinitário como “base para nenhuma guerra contra a Venezuela”.

A declaração foi dada um dia depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar que suas Forças Armadas iniciarão “muito em breve” ações terrestres contra traficantes venezuelanos.

Crédito Revista Oeste

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