Caiado diz que há “vinculação umbilical” entre PT e facções

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), disse que “existe uma vinculação umbilical do PT com as facções criminosas.” Caiado participou nesta terça-feira (2), de uma audiência pública na Câmara que reuniu governadores para debater a PEC da segurança pública.

O governo, na argumentação dele, dificultaria a existência dos presídios, apontados por ele como fundamentais para o combate à criminalidade. “Essa é a política do PT, soltar preso. […] Eles não querem ficar mal com o PCC e o Comando Vermelho”, complementou.

Para Caiado, o partido de esquerda tenta demonizar a polícia militar, e isso seria visível nos planos do partido. “Busquem o PT, vejam as diretrizes do PT”, recomendou. A esquerda defende a chamada desmilitarização, o que faria com que o policiamento ostensivo fosse executado por civis. Ao final de sua fala, Caiado foi alvo de crítica da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS): “comício do Caiado, não posição de governador.”

Governador critica intervenção do CNJ na segurança pública

O governador também criticou a intervenção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na segurança pública: “Não é o CNJ que vai dizer o que eu tenho que fazer. […] Não é uma ADPF que vai dizer que eu não tenho que prender as pessoas”, disse o governador.” Um dos exemplos apontados por Caiado foi a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 347, que instituiu o Plano Pena Justa. O plano foi determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para combater “o estado inconstitucional de coisas no sistema carcerário brasileiro.” O governador ironizou: “Se você não tiver vaga, o preso não pode ser preso, olha que maravilha!”

A PEC da segurança pública foi criada pelo governo federal e é alvo de crítica dos governadores, que apontam enfraquecimento da gestão estadual na área. A proposta voltou ao debate após a Operação Contenção, no Complexo da Pena, que combateu a expansão do Comando Vermelho pelo Rio de Janeiro. Ao todo, 122 pessoas morreram, incluindo cinco policiais, e 113 pessoas foram presas. Foi a operação policial mais letal da história brasileira.

Com a repercussão, o STF passou a tratar da operação na ADPF das favelas (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 635). O ministro Alexandre de Moraes foi ao Rio de Janeiro para tratar do tema com o governador do estado, Cláudio Castro (PL).

Crédito Gazeta do Povo

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