O deputado federal André Janones (Avante-MG) se tornou novamente alvo do Conselho de Ética da Câmara nesta quarta (3) com a abertura de mais dois processos disciplinares por acusações de ofensa e falso testemunho. O parlamentar terá dez dias úteis para apresentar defesa e indicar testemunhas após ser formalmente notificado.
O colegiado decidiu avançar com as denúncias feitas pelo PL, que acusa Janones de ter chamado o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) de “assassino”, “corrupto” e “drogado” em discussões recentes.
Em outra representação, o parlamentar teria prestado falso testemunho em um processo anterior envolvendo suspeitas de “rachadinha” em seu gabinete, prática considerada ilegal e já investigada pelo Conselho.
O advogado Paulo Lemos, que defende Janones, rebateu as acusações e afirmou que não há base jurídica para a acusação de falso testemunho. “Não há ato ilícito se supostamente algum parlamentar, respondendo a um processo deste conselho, mentir em sua defesa”, afirmou.
A situação de Janones ocorre em meio ao cumprimento de uma punição anterior, a suspensão do mandato por três meses após ele ter ofendido o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) durante um discurso em plenário. Na ocasião, o relator Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE) determinou a admissão do processo, porém sem nova penalidade, destacando que “a suspensão por três meses foi suficiente” para o caso.
O Conselho também votou representações contra os deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Guilherme Boulos (Psol-SP), atualmente licenciado para ocupar a Secretaria-Geral da Presidência. Ambos eram acusados de ofender deputados do PL, mas os processos foram arquivados por falta de sustentação para continuidade.





