Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados.
Nikolas disse saber que é de ‘condutor’ dos trabalhos; ‘meu papel aqui é tratar da melhor forma possível tanto oposição, quanto posição’, declarou.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) comandou, nesta quarta-feira (13), sua primeira reunião como presidente da Comissão de Educação da Câmara.
Ao abrir os trabalhos do colegiado, Nikolas adotou um tom de pacificação. “A gente precisa dar a devida exemplificação do que a gente deseja para a educação do nosso país. Então, tirando aqui todo tipo de histerismo ou digamos de imagens que foram colocadas, eu espero de fato que a gente tenha uma comissão que produza não somente aqui, mas que dê frutos para o povo brasileiro”, disse.
Nikolas acrescentou que, apesar de ter vontade de debater pautas que se aproximam do seu campo ideológico, sabe que seu papel como presidente da Comissão de Educação é de “condutor”. “Peço a compreensão dos meus amigos de convergência de ideias para que a gente tenha uma comissão saudável”, pediu. Entre suas ideias, está a pauta “ideologia de gênero”.
O deputado mineiro mencionou que neste ano tratarão de temas como o novo Plano Nacional de Educação (PNE) e o novo Ensino Médio. Nikolas também defendeu um diagnóstico do setor para identificar gargalos que travam avanços, como relacionados a investimento. “A educação no Brasil precisa ser colocada em primeiro local, muitas vezes acima das nossas convicções, porque nós temos dificuldades muito grandes”.
Parlamentares aliados ao governo Lula marcaram presença na estreia de Nikolas e protagonizando “bate-bocas”. Destaque para Sâmia Bomfim (PSOL). Durante uma fala, a parlamentar “lamentou” que “alguém que não tem envolvimento histórico com a pauta da educação” estivesse na presidência do colegiado. Nikolas rebateu: “Se eu, que recebi 1 milhão de votos, não tenho legitimidade para estar aqui, quem terá? Quem me dá legitimidade é a população, deputada, não é a senhora. Estou na Câmara por uma eleição democrática e na Comissão pelas regras do regimento da Casa”.
Dos três requerimentos votados, deputados do PT e do PSOL assinaram dois.
Um deles, proposto pela deputada Adriana Accorsi (PT-GO), busca a realização de uma audiência pública para debater a instituição do Dia Nacional da Robótica.. “Um bom requerimento. É raro, mas acontece”, ironizou Nikolas pelo X (antigo Twitter).
Outro requerimento aprovado com ampla assinatura de políticos que atuam no campo oposto ao de Nikolas foi de convite ao ministro da Educação, Camilo Santana, para expor pautas da pasta para este ano, como o caso do Livro “O Avesso da Pele”. Por se tratar de um convite, a autoridade não tem a obrigação de comparecer. No entanto, os aliados do governo apresentaram esse requerimento, indicando, assim, um possível acordo com o ministro.
O terceiro item da pauta aprovado foi um pedido da deputada Adriana Ventura (NOVO-SP) para uma audiência pública sobre o estudo de línguas estrangeiras nos currículos de ensino fundamental e médio.