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Senador pelo União Brasil do Paraná é alvo de ações movidas pelo PT e pelo PL
O relator dos processos contra o senador Sergio Moro (União-PR) no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, votou contra a cassação do mandato do parlamentar. O magistrado proferiu o seu parecer no fim da tarde desta segunda-feira, 1º. A leitura do voto dele durou mais de duas horas e 30 minutos.
Com o voto do relator, o placar está 1 a 0 a favor da manutenção de Moro. O julgamento foi suspenso na sequência. O segundo integrante do TRE-PR a votar no caso seria o desembargador eleitoral José Rodrigo Sade, mas ele pediu vista, ou seja, mais tempo para analisar o caso.
Sade prometeu devolver a ação para prosseguimento do julgamento na quarta-feira, 3.
PT e PL contra Moro
As ações contra Moro no TRE-PR partiram de dois partidos antagônicos no cenário da política nacional: PT e PL. As duas legendas alegam que o senador pelo União Brasil deveria ter o mandato cassado. De acordo com os advogados das duas siglas, o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública cometeu abuso de poder econômico durante o período da pré-campanha eleitoral de 2022.
No início de 2022, Moro estava filiado ao Podemos e se apresentava como postulante à Presidência da República — e com domicílio eleitoral em São Paulo. Em 31 de março daquele ano, contudo, trocou de partido e de Estado. Filiado ao União Brasil, ele se candidatou ao Senado. Foi eleito com mais de 1,9 milhão de votos, o que correspondeu a 33,5% dos votos válidos.
A primeira sessão do caso que poderá resultar na cassação do mandato de Moro contou com transmissão ao vivo, por meio do canal do TRE-PR no YouTube. Na sessão, que teve quase 4 horas de duração, o procurador regional eleitoral Marcelo Godoy votou contra o senador. De acordo com ele, a eleição da chapa liderada pelo ex-juiz deve ser anulada — se tal entendimento prevalecer, uma eleição suplementar será marcada par aos eleitores paranaenses elegerem um novo senador.
