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Na mira da PF, servidor que abordou Gilmar Mendes em aeroporto pede demissão do INSS

Foto - WILTON JUNIOR/ESTADÃO / Estadão

Ramos Antônio Nassif Chagas deixou o órgão nesta quarta-feira, 3

Investigado pela Polícia Federal por abordar o ministro Gilmar Mendes em Lisboa, o servidor do INSS Ramos Antônio Nassif Chagas pediu demissão na quarta-feira, 3.

O servidor decidiu isso dias depois de a corregedoria do INSS iniciar um procedimento administrativo disciplinar (PAD) para investigar suas ações, que Mendes considerou ofensivas, e um dia após a divulgação do caso na imprensa.

Além do pedido de investigação criminal feito pelos advogados de Gilmar Mendes, a ocorrência entre o ministro e o servidor na terça-feira, 26, em horário comercial, é apontada como uma irregularidade laboral do funcionário do INSS.

Segundo apurou a Folha de S.Paulo, Chagas está morando em Portugal desde junho de 2023, na condição de teletrabalho integral. Nesse regime, o servidor não precisa comparecer presencialmente à sua lotação, podendo realizar as tarefas remotamente. Por isso, ele está sendo acusado também de estar no aeroporto durante o horário de trabalho.

Vídeo: o ministro e o servidor

Filmaram a situação envolvendo o ministro Gilmar Mendes e o servidor Ramos Chagas, e ela circulou nas redes sociais.

No vídeo, o ministro aparece sentado à mesa de uma cafeteria, no aeroporto, enquanto aguardava o embarque na escala do voo de Brasília para Berlin, na Alemanha.

Chagas aproxima-se e diz: “Infelizmente, um país lindo como o nosso está sendo destruído por pessoas como você”.  

Imagem/Reprodução X

O ofício de Gilmar à PF

Em seu ofício à PF, Gilmar Mendes disse que, “ao agir dessa forma, o imputado almejou intimidar Ministro do Tribunal, para desestabilizar o funcionamento da instituição”.

Para o ministro, a abordagem “se encaixa em um movimento articulado e coordenado de ataques aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, organizado por extremistas e detratores da democracia”, conforme escreveu.

Procedimento disciplinar

O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, afirmou que o pedido de demissão de Chagas não interrompe o procedimento disciplinar aberto para averiguar a conduta do servidor.

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