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Por Sergio Heumann – 04.09.2024
Retornei de Israel ontem e queria dar a vocês um relato em primeira mão de uma viagem que foi simplesmente extraordinária! Então, compartilharei alguns pensamentos sobre a viagem e, mais tarde, os ligarei às minhas reflexões sobre nossa jornada pelo Programa de Liderança Solomon.
Foi uma viagem de uma semana dedicada especificamente a mostrar solidariedade aos nossos irmãos e irmãs israelenses.
Enquanto em Israel, vimos, ouvimos e vivenciamos coisas extraordinárias que são difíceis de expressar em palavras.
Visitamos lugares que foram devastados no ataque de 7 de outubro, como o local do Festival Nova e a base militar de Nahal Oz, que era responsável pelo monitoramento da fronteira com Gaza. Conversamos com pessoas que perderam entes queridos e com pessoas que estão orando pela libertação de seus entes queridos. Visitamos soldados feridos se recuperando em um hospital e conversamos com heróis civis que arriscaram suas vidas para salvar muitas vidas inocentes em 7 de outubro. Preparamos um bom churrasco para os soldados da IDF em sua base e fizemos sanduíches para serem enviados aos soldados no campo de batalha. Visitamos a unidade Shura da IDF responsável por identificar corpos e aprendemos sobre todo o processo de identificação e como os corpos são devolvidos às famílias. E finalmente cantamos e dançamos nas ruas de Hebron (em Judeia e Samaria) para mostrar que esta é a nossa terra, que estamos aqui para ficar e que ‘Am Israel Chai’!
Ouvi atentamente todos os palestrantes, refleti sobre o que estavam dizendo e sentindo, abracei alguns deles, mas, acima de tudo, agradeci a todos eles e disse que ‘estamos nisso juntos’… Que, embora nós – os judeus na Diáspora – não possamos lutar nesta guerra, nos importamos com ela e nos importamos muito!
Agradecíamos aos israelenses por lutarem por nós e eles nos agradeciam por estarmos lá, por aparecermos em tempos de guerra e por deixá-los saber que não estão sozinhos.
Senti tristeza, claro, pela perda irreparável de entes queridos. Senti raiva pelo fato de termos sido pegos de surpresa e ainda mais raiva pelo fato de muitos ao redor do mundo estarem torcendo pelo Hamas apesar de suas atrocidades indescritíveis e nossos esforços para minimizar as baixas civis.
Mas o que mais senti, e para mim isso foi o grande aprendizado desta viagem, foi uma tremenda resiliência, união, alto-astral e um senso de grande família lutando junta.
Os israelenses entendem que lutam não apenas por si mesmos e suas famílias, mas por seu país e pela nação judaica inteira e seus 3.500 anos de história.
E é exatamente por isso que prevaleceremos hoje, como prevalecemos no passado!
E sempre prevaleceremos no futuro, desde que não nos tornemos complacentes, o que, na minha opinião, é uma grande parte do que levou à tragédia de 7 de outubro.
Complacência é definida no dicionário como ‘um sentimento de satisfação presunçosa ou acrítica com as próprias conquistas’. Basicamente, é baixar a guarda depois de já ter alcançado uma certa posição por um certo período de tempo.
Agora faço a ligação com nosso Programa de Liderança. Porque a mesma coisa sobre complacência se aplica a você e ao seu futuro como líderes.
Não é fácil ter sucesso, mas é ainda mais difícil manter o sucesso… Não é fácil se tornar um líder, mas é ainda mais difícil permanecer um líder. No minuto em que você ceder à complacência, no minuto em que você baixar a guarda, você começou a trilhar o caminho para o declínio, para a derrota.
Então, queria terminar parabenizando cada um de vocês por tomar a decisão de participar deste programa tão exigente, além de todas as outras atividades que vocês têm como estudantes do ensino médio e fundamental.
Vocês estão mais fortes agora e melhor preparados para lidar com os desafios da vida e se tornarem grandes líderes no futuro.
Meus parabéns especiais para minhas mentoradas Maya e Noa… Ver o desenvolvimento de vocês ao longo deste programa, desde a qualidade do dever de casa até a fluência ao falar diante do grupo, tem sido uma grande alegria para mim. Ser mentor de vocês foi um privilégio.
Esta tem sido uma jornada incrível e confio que todos vocês levarão muitos dos ensinamentos, valores e princípios que aprenderam aqui como guias para as milhares de decisões que terão de tomar ao longo de suas vidas.
Lembrem-se de que em Israel, homens e mulheres jovens, pouco mais velhos que vocês, estão servindo corajosamente nas IDF e lutando por suas vidas contra terroristas.
Lembrem-se também de que muitos no passado, judeus e não judeus, deram suas vidas para que vocês pudessem desfrutar das liberdades e do tipo de vida que são capazes de desfrutar hoje.
Por fim, lembrem-se disto: Não há país mais resiliente do que Israel. E não há povo mais resiliente do que o Povo Judeu. Fazer parte desta nação é uma bênção e uma honra. Mas também uma grande responsabilidade. Mostrem sua gratidão através de seu esforço e compromisso de agir de maneira exemplar e transmitir bons valores. Como verdadeiros líderes!
