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Haddad tenta minimiza disparada do dólar após mudança da meta fiscal para os próximos anos

Ministro afirmou que alteração da meta fiscal está alinhada ao que se negociou com o Congresso ao longo do último ano.

Ajustaram a meta para 2025 de um superávit de 0,5% do PIB para zero, enquanto para este ano permanece em zero e para 2026 reduziram de 1% para 0,25%.

Haddad explicou que fizeram o ajuste com base no que apuraram ao longo do ano passado para estabelecer uma trajetória alinhada com a estabilidade da dívida no médio prazo.

“Fizemos o ajuste para, à luz do aprendizado de mais de um ano, estabelecermos uma trajetória que está completamente em linha com o que se espera no médio prazo de estabilidade da dívida”, disse a jornalistas em Washington-DC, nos Estados Unidos, onde participa de uma série de eventos do mercado financeiro

Sobre os efeitos dessa mudança no mercado, Haddad atribuiu parte da valorização do dólar em relação ao real às notícias desfavoráveis no exterior, como os conflitos no Oriente Médio. Ele também observou que a turbulência internacional não é incomum para o Brasil e que muitos dos movimentos no mercado podem ser explicados por fatores externos.

O ministro precisou mencionar que, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o dólar atingiu R$ 6 e as taxas de juros futuras aumentaram significativamente, mas destacou que essas situações tendem a se normalizar com o tempo.

“É um momento tenso. O lado externo não está ajudando. O lado interno nós estamos corrigindo com diálogo no Executivo, no Legislativo. Já que a questão está mais delicada, vamos fazer neste momento um momento de repensar a estratégia e redefinir o papel de cada um para reestabilizar as expectativas”, pontuou.

Haddad afirmou que o governo está buscando “equilibrar” as contas fiscais por meio de negociações com o Congresso, mesmo em meio sobre as rusgas entre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais.

Fernando Haddad afirmou, no entanto, que nunca teve problemas com o deputado e que ambos conversaram antes de sua viagem aos EUA. Ele reconheceu que nem todas as medidas propostas pelo governo são recebidas da mesma maneira pelo Congresso, mas expressou confiança na consistência das trajetórias econômicas.

Haddad destacou que, apesar de alguns contratempos, os “fundamentos da economia brasileira estão melhores do que há um ano, tanto em termos de receita quanto de despesa”. Quanto à taxa de juros, ele acredita que ainda há espaço para cortes, pois o ciclo de redução foi iniciado recentemente, embora ressalte que a definição cabe ao Banco Central.

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