O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), responsável pelo combate à lavagem de dinheiro no Brasil, enfrenta um desafio financeiro sob o governo Lula (PT).
Seu orçamento para 2024, o menor dos últimos cinco anos, dispõe de 17,6 milhões de reais, dos quais já empenharam 8,4 milhões. Esse valor representa uma redução de 30% em relação a 2023 para despesas discricionárias.
Segundo informações de O Antagonista, no ano passado, o Coaf dispunha de 23,6 milhões de reais para cobrir despesas como diárias, passagens aéreas, contribuições para organismos internacionais e serviços de tecnologia da informação. Em 2020, o conselho teve o menor orçamento discricionário até então, com 19,2 milhões de reais disponíveis.
Em um evento na Faculdade de Direito da USP, o presidente do Coaf, Ricardo Liáo, expressou preocupação com a situação: “Está difícil sobreviver, mas vamos fazer o possível para superar isso”. O secretário nacional de segurança pública, Mário Sarrubbo, minimizou a redução, afirmando que, com boa gestão, o Coaf continuará identificando movimentações financeiras suspeitas.
Essa asfixia financeira ocorre em um momento em que o crime organizado se infiltra em todas as atividades reguladas, e facções como o PCC assumem contornos de máfia.
O Coaf, criado há 25 anos, desempenhou um papel crucial em investigações de lavagem de dinheiro, incluindo a Lava Jato. Recentemente, o órgão apontou movimentações atípicas de Lula, que agora o sabota reduzindo seus recursos, e seus filhos. No entanto, o Supremo Tribunal Federal absolveu o ex-presidente devido a falhas processuais.