Organizador do encontro, que terá 24 palestrantes, argumentou que o fórum é uma iniciativa privada
Segundo a Folha de S.Paulo, impediram os jornalistas de acompanhar o encontro.
O Grupo Voto, presidido pela cientista política Karim Miskulin, organizou o evento na capital inglesa.
No início deste ano, Miskulin afirmou, sobre ato de Bolsonaro em São Paulo, que o ex-presidente, ainda que inelegível, “é o principal líder da direita brasileira”.
O ministro do STF Gilmar Mendes, na entrada do evento, nesta quinta-feira, disse à Folha que não sabia da proibição à imprensa. “Isso não nos foi informado”, afirmou o magistrado. “Eu não sabia, vou me informar.”
Já o ministro Alexandre de Moraes afirmou que não falaria com o jornalistas depois do encontro: “Nem a pau”, disse, em tom de brincadeira e ironia. O ministro Dias Toffoli também esteve presente.
Barraram jornalistas das TVs Globo e Record, além dos da Folha.
A imprensa, de acordo com o jornal, nem pôde permanecer no mesmo andar em que o evento ocorre, no luxuoso Hotel Peninsula, situado ao lado do Hyde Park, com diárias acima de 900 libras (cerca de R$ 5.800).
STF manteve votações em plenário
O Grupo Voto argumentou que “o fórum é um evento privado”. No material de divulgação, a informação é que se trata de uma “missão internacional, perpetuando o espaço democrático e promovendo um diálogo construtivo em prol do avanço do Brasil”.
O evento, prossegue a Folha, teve início nesta quarta-feira, 24, com uma noite de homenagens e se encerrará na sexta-feira 26. Dos 24 palestrantes, 21 exercem cargos públicos.
Também, segundo o jornal, fazem parte da lista de autoridades anunciadas para os debates em Londres o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski; o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira; o advogado-geral da União, Jorge Messias; e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet; e integrantes do Superior Tribunal da Justiça (STJ) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Segundo o STF, o órgão não pagou passagens nem diárias dos integrantes. A Corte afirmou que só emite passagem internacional para ministros se eles forem da delegação do presidente.
O presidente do tribunal, ministro Luís Roberto Barroso, anunciou que Dias Toffoli e Moraes participariam de forma remota, na quarta-feira, mas eles não foram chamados para votar. Nesta quinta-feira, haverá nova reunião do plenário da Corte.
Uma resposta
Só a nata da ditadura.