Foto: Reprodução/Instagram
O influenciador político Pedro Pôncio foi detido pela Polícia Legislativa na Assembleia Legislativa de Goiás, após uma denúncia do gabinete do deputado estadual Antônio Gomide (PT).
O deputado teria se incomodado com a presença do influenciador nas dependências da Assembleia, onde Pôncio questionava a omissão da figura do presidente Lula em sua pré-campanha, sugerindo uma tentativa de desassociar sua imagem do radicalismo de esquerda.
Pôncio relatou que agentes da Polícia Legislativa o abordaram de forma intimidatória ainda no pátio da Assembleia. Ao tentar gravar um vídeo na parte externa da Casa Legislativa, os policiais o abordaram novamente, usando mais uma vez de altivez, e o conduziram ao interior da Assembleia para que ele prestasse esclarecimentos.
– Gravamos o vídeo, fomos embora. Quando estávamos ali na frente, gravando mais um vídeo, nós fomos abordados pela Polícia Legislativa, em tom de intimidação. É assim que eu me senti naquele momento. Nós fomos coagidos, fomos acusados, e não souberam explicar qual é o crime que a gente cometeu. Eu estava ali apenas gravando um vídeo. Me senti intimidado, sim. Achei que eles estavam, inclusive, tentando roubar, pegar o meu celular, e impedindo eu de fazer o registro ali através de uma live – disse o influenciador.
Embora não tenham formalizado nenhuma imputação de crime a Pedro Pôncio, a mera exposição de ordem vexatória causou grande constrangimento e feriu preceitos básicos constitucionais acerca das liberdades individuais do cidadão.
O advogado do influenciador, Vítor Gonçalves, esteve presente e interveio para um desfecho pacífico e harmônico em observância às leis.
– A abordagem foi lá fora, a gente acompanhou, e foi feita a oitiva do nosso amigo aqui. Mas graças a Deus deu tudo certo, não foi imputado a ele nenhum cometimento de crime, nem sequer uma contravenção penal, ou qualquer ilícito dentro da Assembleia Legislativa. Então ele foi liberado, e está aqui gravando, autorizado dentro da lei, da Constituição, aquilo que garante a ele, e exercendo seu direito de cidadania – relatou Gonçalves.
Pedro Pôncio é ex-integrante do MST, que deixou o movimento e escreveu o livro A face oculta do MST, como sobrevivi aos campos de doutrinação, denunciando as reiteradas práticas ilícitas nas ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
Uma resposta
Aprendendo de democracia com a URSS.