Segundo a Conab, safra de arroz do Rio Grande do Sul será maior que a anterior.
Os técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostraram novamente que a produção brasileira de arroz de 2024 será maior que a anterior. Os novos números foram apresentados na manhã desta quinta-feira, 13. A previsão é de um crescimento de 3,6%.
De acordo com os cálculos da companhia, haverá aumento da safra de arroz até mesmo no Rio Grande do Sul. Apesar das chuvas que castigaram o Estado, a colheita gaúcha será 2% maior, em comparação à anterior. Ao todo, a produção estadual deve fechar em pouco mais de 7 milhões de toneladas.
A previsão desta quinta-feira é a primeira depois do leilão para importação realizado pela Conab na quinta-feira anterior, 6 de junho. O pregão terminou cancelado, depois que apenas empresas sem histórico nesse mercado conseguiram fechar contratos.
Contudo, mesmo com a confirmação de uma safra maior e o histórico processo fracassado, o governo Lula pretende fazer um novo edital para levar a medida adiante. Quando anunciou o cancelamento, Edegar Pretto, presidente da Conab, disse que outro leilão seria organizado, apesar de não revelar a nova data.
Leilão fracassado de arroz
O governo convocou o pregão para intervir no mercado. O Estado responde por cerca de 70% da safra nacional. A produção brasileira equivale ao consumo interno.
A Polícia Federal decidiu investigar os atos que envolvem o leilão realizado pela Conab, conforme a instituição informou na quarta-feira 12. Além disso, o episódio movimenta a oposição no Congresso, que busca assinaturas para a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar possíveis irregularidades no processo.
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No leilão do dia, a Conab firmou contratos para a importação de 263 mil toneladas de arroz. Entre as empresas beneficiadas, a Wisley A. de Souza foi a que mais conseguiu lotes. Localizada em Macapá, capital do Amapá, a empresa tem o nome fantasia “Queijo e Minas”.
No pregão, a Wisley conseguiu contratos para importar 147,3 mil e receber em troca R$ 736,3 milhões. O caso chamou atenção de Luciano Zucco (PL-RS).
“Uma semana antes da realização do leilão, a empresa possuía um capital social de apenas R$ 80 mil, totalmente incompatível com a garantia necessária para entrar na disputa”, disse o parlamentar. “Na véspera, esse capital é convenientemente alterado para R$ 5 milhões. Temos um fato determinado e vamos a fundo nas investigações. Depois do Mensalão e Petrolão, podemos ter o Arrozão do PT”.