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O Brasil não assinou neste domingo, 16, a declaração final da cúpula pela paz na Ucrânia, ocorrida neste fim de semana em Lucerna, na Suíça.
Lula recusou-se a comparecer ao evento, alegando que a cúpula não alcançaria seu objetivo pela paz sem o envolvimento dos russos nas negociações. Ele enviou a embaixadora do Brasil na Suíça, Cláudia Fonseca Buzzi, para participar do evento.
O presidente brasileiro foi convidado para a cúpula tanto pelo chanceler da Suíça, Ignacio Cassis, quanto pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Além do Brasil, que participou como observador, a Arábia Saudita, o México, a Índia, a África do Sul e a Indonésia não assinaram a declaração final.
A lista de signatários inclui 80 nações, além da Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e o Conselho da Europa.
O comunicado final da cúpula “reafirma a integridade territorial” da Ucrânia e apela pela troca de prisioneiros de guerra, além do regresso de crianças sequestradas pela Rússia.
“Estamos em guerra, não temos tempo, então o trabalho para a próxima reunião deve levar meses, não anos. Quando estivermos prontos, haverá uma nova cúpula e alguns países já se ofereceram para acolher”, afirmou Zelensky.
Na sexta-feira, 14, o autocrata russo Vladimir Putin propôs um cessar-fogo na Ucrânia se Kiev começasse a retirar as tropas das regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, anexadas por Moscou em 2022, e abandonasse os planos de adesão à Otan.
As reivindicações, na prática, constituem uma exigência de rendição da Ucrânia.
As condições expostas por Moscou foram rejeitadas imediatamente por Kiev, pelos Estados Unidos e pela Otan.
Já a diplomacia brasileira insiste na necessidade de negociações para a paz, mas uma negociação favorável aos invasores russos.
Lula já deu várias declarações controversas sobre o conflito, inclusive uma na qual disse que o governo de Kiev, vítima da invasão, também era responsável pela guerra. Em outra ocasião, disse que o apoio ocidental aos ucranianos estava apenas prolongando o conflito. Ou seja, Lula propagandeia a versão do Kremlin sobre a guerra.
Créditos: O Antagonista.