Foto - EFE/Miguel Gutiérrez
Eleições nacionais da Venezuela ocorrem em 28 de julho, e o principal opositor ao governo é o candidato Edmundo González.
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, inabilitou pelos próximos 15 anos dez prefeitos que ofereceram apoio ao principal candidato de oposição ao governo, Edmundo González. As informações são do jornal El País, divulgadas nesta quinta-feira, 21.
A Controladoria-Geral da República impôs a sanção, acatada de maneira imediata pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão encarregado de organizar o pleito local. As eleições presidenciais da Venezuela ocorrem em 28 de julho.
Todos filiados a partidos opositores ao chavismo, os prefeitos Heriberto Tapia, José Carrillo, Dilcia Rojas, Keiver Peña, Servando Godoy, Wilmer Delgado, Yohanthi Domínguez, Francisco Aguilar, Iraima Vásquez e José María Fermín amanheceram com a notícia da inabilitação. A medida é anunciada quase imediatamente depois do apoio deles ao opositor.
Um dos prefeitos cassados, Heriberto Tapia escreveu no Twitter/X que entende a medida como uma “atrocidade”. “Não eram eles que não tinham medo de mim?”, perguntou Tapia. “Que maneira de saber de uma decisão que não passou por nenhum dos canais regulares.”
Outros cinco ativistas da oposição foram detidos na Venezuela
Além da medida contra os prefeitos, a ditadura de Maduro ainda confirmou a detenção de outros cinco ativistas da oposição. Entre o último fim de semana e a segunda-feira 10, os acusados, vinculados aos partidos Vem Venezuela e Vontade Popular, teriam cometido o crime de “incitação ao ódio”.
De acordo com o procurador-geral do Ministério Público da Venezuela, Tarek William Saab, “o protesto não teve consequências e só virou notícia em razão da detenção”. A Prisão de El Helicoide, em Caracas, foi o destino de alguns dos opositores.
“Crime de ódio é qualquer delito com viés ou preconceito em relação a uma pessoa”, escreveu Saab. “Por pertencer a um grupo específico, como raça, nacionalidade, orientação sexual, gênero ou crença religiosa.”
Uma resposta
Será que estamos muito longe disso, considerando nosso sistema eleitoral?