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O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, decidiu criar uma comissão informal para avaliar os gastos do governo com a reserva militar. Composta por membros da Aeronáutica, Marinha e Exército, a comissão visa fornecer subsídios ao ministro para uma posição fundamentada sobre o tema de corte de verbas e aposentadorias dos militares. Múcio já indicou sua oposição a uma reforma que afete apenas os militares.
Interlocutores do Planalto informam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não planeja mexer no regime previdenciário no momento e já comunicou essa posição ao Ministério do Planejamento, que está explorando diversas opções de cortes de gastos para equilibrar as contas públicas.
A percepção entre integrantes do governo é que a relação de Lula com as Forças Armadas está em um “bom momento” após a investigação de militares suspeitos de envolvimento em tramas golpistas.
A comissão criada pelo ministro também abordará a questão da pensão vitalícia para filhas de militares, uma questão simbólica dada a atual situação orçamentária do país. Embora o benefício tenha sido extinto em 2001, quem já estava na carreira pôde optar por mantê-lo mediante o pagamento de 1,5% sobre o soldo, prolongando o gasto por muitos anos.
Contudo, um integrante do alto escalão argumenta que a eliminação da pensão das filhas não resolverá o problema financeiro do país, e quem optou por manter o benefício teria direito ao reembolso do valor pago.