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Porta-voz do Hamas foi extraditado do Brasil a pedido dos EUA, diz Reuters

Foto - Arquivo/Muslim Abuumar

Brasil deporta palestino suspeito de vínculos com o Hamas a pedido dos EUA

Conforme relatado pela Reuters, o Brasil “expulsou” um palestino, suspeito de estar associado ao grupo terrorista Hamas, incluindo sua família, a pedido do Departamento de Estado dos EUA. De acordo com informantes da Polícia Federal, Muslim M. A. Abuumar, sua esposa, que está grávida de sete meses, seu filho e sua sogra, foram presos no Aeroporto de Guarulhos em São Paulo e embarcaram num voo da Qatar Airways para Doha no domingo.

Inicialmente, uma magistrada federal de São Paulo suspendeu de forma temporária a deportação no sábado, pedindo mais informações à polícia. Contudo, depois de obter os detalhes, ela revisou seu veredito e autorizou a deportação de Abuumar e sua família.

Segundo o processo jurídico iniciado pelo representante legal de Abuumar, Bruno Henrique de Moura, a polícia deteve a família palestina ao chegar no aeroporto de Guarulhos sem um mandado. Eles afirmaram que estavam no Brasil para visitar o irmão de Abuumar.

Abumaar, com 37 anos, ocupa o cargo de diretor-executivo do Asia Middle East Center. Sua companheira é de origem malaia e seus filhos vieram ao mundo na Malásia.

Ibrahim Al Zeben, o embaixador palestino em Brasília, declarou que a embaixada não recebeu contato oficial sobre o caso e expressou confiança na política brasileira.

O advogado Moura enfatizou que os Estados Unidos empregam uma lista para obstruir a vida de ativistas “pró-palestinos”.

Na sua decisão, a juíza Milenna da Cunha mencionou as publicações de Abuumar nas redes sociais, onde ele é visto em Doha com Ismail Haniyeh, líder político principal do Hamas. A PF também suspeitava que Abuumar estava vindo para o Brasil com a intenção de facilitar a permanência de sua família no país, dado que sua esposa estava prestes a ter um bebê.

A juíza enfatizou que, conforme informações da PF, desde 2023, mais de mil palestinos receberam atendimento nos postos de migração do Brasil, com apenas um caso anterior de negação de entrada no país devido a um possível vínculo com organizações terroristas. O incidente de Abuumar é o segundo de tal natureza nesse intervalo.

A defesa de Abuumar mencionou xenofobia em relação ao cliente no recurso apresentado. Com informações de Reuters/Reportagem de Ricardo Brito e Anthony Boadle.

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