Os gastos com o benefício na Casa legislativa custaram R$ 31,7 milhões aos cofres públicos em 2022
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), garantiu o plano de saúde vitalício do Senado mesmo ao cumprir apenas 21 dias de mandato como senador. A Casa Legislativa justifica que o benefício é assegurado desde a posse do político e é válido mesmo que ele pare de exercer a função.
Dino deixou seu mandato de senador para assumir o Ministério da Justiça no governo Lula (PT). De acordo com o jornalista Lúcio Vaz, da Gazeta do Povo.Dino, além dele, outros três ministros de Lula constam na lista de beneficiários. São eles: Renan Filho (Transportes), Carlos Fávaro (Agricultura) e Camilo Santana (Educação).
O convênio vitalício garante inclusive atendimento médico no exterior e UTI aérea. A cobertura da rede inclui os hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein.
“O ex-senador Flávio Dino e o senador licenciado Camilo Santana têm direito ao plano de saúde independentemente do tempo que permaneceram no cargo”, comunicou o Senado.
A Casa ressalta que “o ex-senador Flávio Dino mantém o benefício seguindo decisão da Comissão Diretora, em reunião realizada em 6 de novembro de 2003, que preserva o direito para ex-senadores, que ocupem cargos públicos, desde que não sejam amparados por qualquer outro plano de saúde”.
Despesas pagas pelo pagador de impostos
Segundo Lúcio Vaz, há 245 ex-senadores na lista de beneficiados, além de 308 dependentes dos ex-parlamentares da Casa e também de atuais. Os gastos com plano de saúde desses políticos custaram R$ 31,7 milhões aos cofres públicos em 2022.